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O poder do feedback na construção de equipes vencedoras

Uma pergunta que todos os gestores deveriam se fazer diariamente é: quantos feedbacks você aplicou hoje? Com o objetivo de encorajar e criar confiança entre os profissionais, bem como, harmonizar todo o ambiente interno de uma organização, a transmissão de feedback é uma prática bem popular entre as empresas de todo o mundo. Segundo um estudo global realizado pelo Top Employers Institute que entrevistou 600 empresas em 99 países, o método de medição de desempenho é o preferido e o mais eficaz entre as organizações.

Ainda de acordo com a pesquisa, das 26 empresas brasileiras entrevistadas, todas estão empenhadas em aprofundar a utilização desse instrumento estratégico de gestão de pessoas. Enquanto gestor, não tenho dúvidas de que isso se justifica pelo fato de que o uso dessa poderosa ferramenta está ligado diretamente ao desempenho dos profissionais, uma vez que, é por intermédio do feedback que todas as atividades podem ser alinhadas, e os erros, corrigidos.

Além disso, é importante ter em mente que, com feedbacks bem conduzidos, é possível reforçar as relações interpessoais dentro da organização. Neste ponto, compartilho da visão do especialista em Gestão, Hudson Félix, que acredita que o feedback é uma via de mão dupla, ou seja, merece colaboração mútua, na qual tanto o líder quanto seus colaboradores devem se sentir igualmente responsáveis pelo sucesso daquele momento.

No entanto, mesmo com esse conceito já presente na realidade de boa parte das instituições há alguns anos, a transmissão de feedbacks assertivos não é tão simples quanto parece. Uma vez que ele ainda é confundido por muitos colaboradores como o “momento da bronca do chefe”, gerando tensão e ansiedade. Por isso, é importante que os gestores busquem adotar práticas que façam desse momento algo simples e objetivo, que seja recebido com clareza por suas equipes, impactando suas motivações.

Pensando nisso, refleti sobre alguns pontos que são indispensáveis durante a transmissão de um feedback realmente positivo. São eles:

  • Seja transparente: um ponto primordial do bom feedback é a sinceridade. Nesse sentido, é importante que os gestores apresentem os devidos reconhecimentos que a equipe merece, destacando pontos positivos e demonstrando que todo o trabalho valeu a pena e que será recompensado. Do mesmo modo, é fundamental pontuar com honestidade o que precisa ser melhorado, sempre com tom motivacional, inspirando os colaboradores a darem seu melhor pela empresa.
  • Esteja aberto ao diálogo: para o sucesso de um feedback, é fundamental que o líder consiga expressar seus pensamentos e ideias de modo assertivo, incentivando suas equipes a darem o melhor pela companhia. Além disso, é importante construir pontes de diálogo, nas quais o gestor possa falar o que pensa, mas que também saiba escutar o ponto de vista dos colaboradores, construindo, assim, um ambiente cada vez mais eficiente e harmônico.
  • Torne essa prática contínua: mesmo sendo uma situação desafiante, é importante estabelecer uma periodicidade para aplicação de feedbacks. Posto isso, os líderes devem tratar o assunto de forma objetiva, porém sem transformar o processo em algo desgastante e ainda mais tenso. Ao fazer dessa prática algo contínuo, é possível traçar estratégias de desenvolvimento pessoal e orientar os colaboradores para que, juntos, obtenham resultados cada vez mais positivos para a organização.
  • Apresente soluções: não basta destacar pontos positivos ou negativos. É preciso que os gestores, sobretudo, apresentem soluções às suas equipes, ou seja, deem dicas de como crescer e desempenhar assertivamente suas atividades. Com isso, os profissionais se tornarão cada vez mais produtivos, desempenhando um papel fundamental tanto no seu próprio crescimento quanto no da organização como um todo.

O líder e seu papel na transmissão de feedbacks eficientes

Em todos os pontos apresentados anteriormente, o gestor exerce um papel fundamental no processo de feedback. Isso é natural, pois ele – gestor – é o protagonista nesse processo de feedback, ouvindo, orientando seus colaboradores e desenvolvendo práticas assertivas em prol da transformação da cultura de uma empresa.

Para tanto, diante de tamanha responsabilidade, é preciso que ele domine habilidades de comunicação, como saber ouvir seus colaboradores e saber se expressar de forma clara e objetiva. Além disso, é preciso estar sintonizado com todas as operações e equipes da instituição, monitorando de perto suas atividades para que as ações estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa.

É papel do líder, inclusive, pensar em soluções rápidas e eficazes para possíveis problemas. Por tanto, manter um diálogo saudável é indispensável. Por fim, o equilíbrio e o respeito na transmissão de feedbacks, tanto positivos quanto negativos, é crucial!

Diante da importância do feedback, é essencial que o líder seja capaz de ouvir, inclusive, avaliações sobre seu próprio desempenho enquanto gestor. Afinal, com críticas construtivas é possível buscar por ações que melhorem suas atividades diárias, auxiliem em seu crescimento profissional e até pessoal, além de contribuir, sem dúvidas, para a promoção de um ambiente de trabalho harmônico.

Feedback: ferramenta eficaz para um aprendizado contínuo

É notório que a transmissão do feedback como uma ferramenta estratégica de gestão de pessoas pode gerar benefícios expressivos, como a motivação dos colaboradores, a construção de relações mais próximas e harmônicas, equilíbrio da organização como um todo e sincronia das atividades diárias com o plano estratégico.

Vale ressaltar ainda que esse processo deve ser visto como uma tarefa que requer aprendizado contínuo, pois, em um ambiente tão complexo e com mudanças frequentes como é o nosso ecossistema de negócios, errar é apenas uma das etapas para o desenvolvimento dos nossos colaboradores. Por isso, contar com total apoio nesse processo de transformação é a chave para o sucesso de qualquer profissional!

*Por Alexandre Velilla Garcia, CEO do Cel.lep Idiomas, atuou como CFO da companhia por 5 anos, tem como meta dobrar o tamanho da escola nos próximos 3 anos.

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