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O futuro é híbrido: sete caminhos para chegar à nuvem

Se você trabalha com
TI, provavelmente deve ser bombardeado com mensagens de fornecedores
sobre a nuvem. Sim, entender a nuvem é uma necessidade para todos os
profissionais de tecnologia, mas parece que ultimamente só se fala em
nuvem. E, bem ou mal, muitos departamentos de TI estão adotando uma
mentalidade de priorização da nuvem.

Nós acreditamos que a
nuvem é o futuro da TI, mas (ênfase no “mas”) não é o futuro para tudo.
Usar a nuvem é como alugar um carro: é rápido e barato, mas não é o meio
de transporte ideal para ir ao trabalho todos os dias. Em outras
palavras, a nuvem não é a melhor situação para todas as cargas de
trabalho.

Por outro lado,
ultimamente temos usado o termo “no local” para nos referir ao ambiente
virtualizado de um determinado local, o que soa bastante como nuvem para
mim. Além disso, a Amazon e a Rackspace estão oferecendo cada vez mais
servidores dedicados. O fato de esses servidores não serem
compartilhados infringe uma das características básicas de um
dispositivo de nuvem, de acordo com a definição do NIST.

O que quero dizer é o
seguinte: é muito improvável que a grande maioria das organizações de TI
migrem totalmente pata a nuvem; além disso, existe uma linha muito
tênue entre o que é e o que não é nuvem.

Na verdade, o futuro da TI é híbrido.

Definindo a TI híbrida
Existem várias
definições para TI híbrida, mas vamos adotar aqui o conceito simples da
Forrester: A TI híbrida consiste em conectar a nuvem (seja SaaS ou a
nuvem nativa) a todos os dispositivos no local, mesmo que a conexão
sirva apenas para verificar credenciais ou transferir dados comerciais.

Com essa definição em
mente, notamos que praticamente todas as empresas são híbridas de alguma
forma e que, seja qual for seu estágio no processo de adoção da nuvem,
ainda há muito mais por vir. A pergunta principal é como isso
acontece: o termo “nuvem”descreve um conjunto de tecnologias, que pode
ser usado de diversas formas. Vamos explorar sete maneiras em que uma
organização de TI pode seguir o caminho da nuvem.

Os sete modelos da adoção de TI híbrida

·  Não fazer nada:
Mesmo sem “fazer nada”, você ainda terá um ambiente de nuvem híbrido.
Praticamente todas as organizações usam aplicativos SaaS, como, por
exemplo, Dropbox, Salesforce, Confluence, Office 265 ou HubSpot. Na
verdade, grande parte dos departamentos de marketing usam 30 a 70
aplicativos de nuvem SaaS, e a maioria deles pode ser monitorada na
nuvem por serviços como o Pingdom.

·  Adotar uma nuvem privada:
A maioria das organizações transformará os departamentos de TI internos
em uma nuvem privada – um serviço de software flexível, mensurável e
provisionado. Algumas empresas seguem o caminho da virtualização,
enquanto outras implementam plataformas de nuvens privadas, como o
OpenStack. Se compararmos essas características com as de uma nuvem
real, veremos que a diferença entre elas é mínima. 

·  Fazer teste/desenvolvimento na nuvem: Os ambientes de desenvolvimento e teste/controle
de qualidade são conhecidos por seus requisitos de infraestrutura e uma
natureza efêmera, o que os tornam ideais para a nuvem. Geralmente, essa
é a primeira etapa para aproveitar a nuvem, devido ao risco reduzido e
às suas grandes vantagens. Essa também é uma ótima maneira para que as
equipes de desenvolvimento adquiram experiência com as tecnologias da
nuvem.

·  Migrar aplicativos para a nuvem:
É comum migrar cargas de trabalho ou componentes de aplicativos para a
nuvem. Por exemplo, a maioria dos aplicativos da Web devem estar
armazenando imagens, bem como arquivos e vídeos grandes na nuvem, em que
eles podem aproveitar as vantagens de um CDN e obter a carga de
servidores da Web. Outra prática comum é migrar os sites de DR/HA para a
nuvem, onde eles podem ser ativados remotamente em minutos e
implantados em diversos locais físicos, sem ter de lidar com vários
datacenters ou localidades.

·  “Lift and shift”: Depois
que um aplicativo é desenvolvido e testado na nuvem (e talvez o seu
site DR também esteja hospedado na nuvem), talvez seja prudente migrar o
aplicativo principal para a nuvem também. O termo “lift and shift”
indica que não há grandes mudanças de arquitetura e que a nuvem está
sendo usada quase como uma extensão da hospedagem. Durante esse
processo, é comum migrar componentes de uma carga de trabalho para a
nuvem, como ao usar um CDN, conforme explicado antes, ou usando um DBaaS
(banco de dados como serviço) em vez de uma instância completa de banco
de dados em um servidor dedicado da nuvem.

·  Ter um novo projeto na nuvem:
Geralmente, a TI precisa substituir um aplicativo por um novo. Durante
esse processo, é recomendável pensar sobre como iniciar o novo
aplicativo na nuvem. Digamos que um departamento de TI está substituindo
um portal interno e uma ferramenta de colaboração pela versão mais
recente do SharePoint. Seria bom avaliar como essa carga de trabalho
funcionaria na nuvem. Geralmente, esses processos são aplicativos de
linhas de negócios que mantêm sua arquitetura tradicional. Nesse
sentido, eles parecem com os aplicativos “lift and shift”, exceto quando
não há processo de migração; é um aplicativo novo substituindo outro
que já existe.

·  Desenvolver aplicativos para nuvem:
Aplicativos para nuvem foram desenvolvidos especificamente para
execução na nuvem e projetados para aproveitar os serviços da nuvem.
Eles adotam orientação de serviço, APIs, hardwares provisionados por
software e redundância integrada. Costumam usar linguagens e estruturas
“modernas”, tais como Javascript/HTML5, NGINX, perl etc. e componentes
de código aberto, como bancos de dados NoSQL. As equipes de
desenvolvimento deles adotam princípios de DevOps e implementam
desenvolvimento e integração contínuos. Um exemplo é uma empresa de SaaS
com um sistema que provisiona servidores dinamicamente, de acordo com a
carga do cliente. Esses servidores podem ser provisionados em uma nuvem
privada ou pública, com base nos custos e na disponibilidade de
recursos em segundos, sem nenhuma intervenção humana.

Qual é o caminho certo para a sua organização?
Não há um único caminho
que sirva para todas as organizações de TI. A decisão precisa ser feita
com base nos requisitos específicos, na disponibilidade e na previsão
de crescimento de cada carga de trabalho. Um departamento de TI comum
costuma adotar uma mistura desses sete modelos de implantação. No
entanto, há alguns fatores que se aplicam a todos os casos:

·  Tenha uma mentalidade de nuvem híbrida: Independentemente
da arquitetura do aplicativo e da marca dos servidores, é importante
ter a nuvem em mente. Os DevOps e a nuvem trouxeram novas práticas,
ferramentas e processos que beneficiaram o desenvolvimento e as
operações de TI em geral. Isso pode ser definido como uma mentalidade da
nuvem, que se resume nos sete princípios descritos aqui.

·  Faça um mapa: A
coisa mais inteligente que um departamento de TI deve fazer é criar um
mapa para desenvolver os conhecimentos necessários e tomar boas decisões
em relação à nuvem, mesmo que a decisão seja não fazer nada. Para o
gerenciamento de TI, é importante criar um mapa para agregar
conhecimento, implementar alguns desses princípios de mentalidade da
nuvem e, em seguida, desenvolver um mapa de adoção da nuvem com base na
avaliação da carga de trabalho que leve em conta requisitos, vantagens
potenciais, custos e urgência.

Seja bem-vindo ao mundo da TI híbrida.

 

(*) Gerardo Dada é vice-presidente de marketing de produtos da SolarWinds

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