Após um período de intensas contratações, onde o foco predominante era nos conhecimentos técnicos, as empresas estão agora buscando um novo tipo de profissional para ocupar a posição de Chief Technology Officer (CTO). Além das habilidades técnicas, são agora requisitadas habilidades interpessoais sólidas, capacidade de liderança eficaz na gestão de grandes equipes e projetos, bem como a capacidade de implementar soluções com eficiência, assertividade e menor custo.
De acordo com Humberto Wahrhaftig, diretor executivo na Page Executive, as empresas estão de olho em novos perfis de CTOs. “A mudança no mercado também faz com que empresas de outros segmentos sejam mais assertivas nas contratações, demandando líderes que tenham implementado ferramentas, softwares e sistemas com bons indicadores e habilidade de gerenciar as relações com os demais colaboradores”, explica.
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Algumas empresas de tecnologia iniciantes no mercado passam por uma readequação na contratação dos líderes de tecnologia, após terem investido em profissionais técnicos que não conseguiram se adaptar e engajar o time para atingir os resultados esperados.
“É comum encontrarmos profissionais com expertise para solução de tarefas complexas, mas sem as competências necessárias para posições de liderança. Aprimorar as habilidades, se atualizar constantemente, adquirir novos conhecimentos em comunicação, desenvolver o poder de decisão e engajamento de equipes são lições fundamentais para quem atua na liderança tecnológica de uma organização”, afirma o executivo.
De acordo com dados da Pesquisa de Remuneração para presidentes e diretores executivos da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada no recrutamento de executivos da alta liderança, a remuneração mínima mensal média de CTO no Brasil variou de R$ 30 mil a R$ 60 mil em 2023. “Observamos no último ano que o cenário menos favorável na economia provocou estabilidade na remuneração em empresas de todos os portes e os salários não sofreram grandes movimentações”, conclui.
O estudo foi realizado de outubro de 2023 a fevereiro de 2024 e contou com a participação de 2 mil executivos da alta liderança que atuam em empresas de diversos setores de pequeno, médio e grande porte na América Latina.
A remuneração desses profissionais é classificada por faixas, de acordo com o porte de faturamento da empresa onde atuam: até R$ 250 milhões, de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões, de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão e acima de R$ 1 bilhão.
Até R$ 246 milhões:
Ano | Faixa de remuneração |
2021 | R$ 30 mil a R$ 50 mil |
2023 | R$ 30 mil a R$ 50 mil |
Estabilidade |
De R$ 247 milhões a R$ 494 milhões:
Ano | Faixa de remuneração |
2021 | R$ 30 mil a R$ 60 mil |
2023 | R$ 30 mil a R$ 60 mil |
Estabilidade |
De R$ 495 milhões a R$ 1bilhão:
Ano | Faixa de remuneração |
2021 | R$ 40 mil a R$ 80 mil |
2023 | R$ 40 mil a R$ 80 mil |
Estabilidade |
Acima de R$ 1bilhão:
Ano | Faixa de remuneração |
2021 | A partir de R$ 60 mil |
2023 | A partir de R$ 60 mil |
Estabilidade |
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