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Pequenas empresas têm dificuldade para contratar serviços tecnológicos

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentou ontem (10/11) os primeiros resultados da implantação da Rede de Serviços Tecnológicos (RST) – uma cooperação internacional iniciada em 2013 visando a incentivar o aumento da competitividade das pequenas empresas, por meio da promoção de serviços tecnológicos, com foco na inovação.
Ao todo, 763 empresas dos setores de móveis e calçados instaladas em cinco estados (Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) fazem parte do projeto. Segundo o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o RST cruza os serviços tecnológicos oferecidos por universidades, centros de pesquisa e laboratórios com a demanda apresentada pelas empresas.
“Muitas vezes, a demanda não está clara, não está articulada, e a oferta não surge como resposta à demanda. O que nós fazemos é articular isso, para que a oferta de tecnologia possa atender à demanda por inovação”, explicou.
Para o diretor, investir em inovação é fundamental para a inserção das empresas em novos mercados, para o aumento da produtividade, do emprego e da renda. Ele disse que “no Brasil, o mercado tecnológico é incipiente para pequenas empresas industriais. Enquanto as grandes empresas podem contratar serviços, criar laboratórios de desenvolvimento de tecnologia. Por isso, para que as pequenas empresas possam ter competitividade, é necessário incentivos como este”.
O empresário Carlos Pacheco Campos, produtor de estofados em Minas Gerais, diz que a produtividade de sua empresa aumentou em torno de 5% após participar do projeto. Para ele, a falta de investimento em tecnologia é um problema frequente nos pequenos negócios. “Nós queremos ter o mesmo nível de conhecimento de uma grande empresa e, sozinhos, não conseguimos. O mais beneficiado com a melhoria na produção é o consumidor, que ganha com mais qualidade nos produtos e maior concorrência”, acrescentou.
Adílson José Caetano, de uma empresa catarinense de calçados, diz que é difícil para os pequenos industriais detectar os problemas na produção, e por isso é necessário recorrer a especialistas. “Para os pequenos produtores esse é um serviço muito caro. Por isso precisamos de incentivos. Quando o consultor do Sebrae entrou na empresa, identificou uma série de pontos a serem corrigidos para melhorar a cadeia produtiva e diminuir o custo de produção”, disse ele.
De acordo com o Sebrae, as empresas participantes do projeto devem ser acompanhadas por três anos, e não é mais possível que outros produtores façam parte da primeira fase do RST.

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