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Hcor adota nova plataforma para interoperabilidade de dados de saúde

O Hospital do Coração – Hcor, de São Paulo, começou esse ano um projeto de interoperabilidade de dados. O objetivo é otimizar a gestão dos dados da instituição de saúde, tornando-os acessíveis de forma padronizada e segura. A nova plataforma, chamada FastComm, está sendo implementada pela CTC.

Com a ferramenta, o Hcor busca se preparar para um futuro muitas vezes prometido na saúde privada, mas ainda longe da realidade: a interoperabilidade. No setor da saúde isso significa uma integração de sistemas de diferentes hospitais usando padrões para troca de informações entre eles, sob demanda e sem intervenção humana.

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Segundo Alex Vieira, superintendente de inteligência digital e TI do Hcor, o projeto será implementado em todas as áreas da instituição, das assistenciais às administrativas. “A interoperabilidade exclui dados repetidos em sistemas variados e facilita a busca de informações, para que possamos interpretar com mais eficácia e rapidez o universo de dados existentes em nossos sistemas, incluindo os que estão em nossa base de pacientes, para entender quais os melhores protocolos em cada atendimento.”

O especialista diz que, diferentemente do segmento bancário, por exemplo, a área de saúde não segue um modelo ou um padrão para troca de informações, uma vez que foi “construída” sob o olhar particular de cada player. “Isso faz com que as empresas deixem de agir em prol dos pacientes e trabalhem pelo resultado. Essa integração, com certeza, terá um impacto muito positivo”, diz Vieira.

A plataforma também estabelece, segundo o hospital, um “motor” de comunicação entre o Hcor e startups. A ideia é que essas parcerias sejam facilitadas.

Linguagem padrão do Hcor

“Com essa nova plataforma, todos os profissionais do Hcor poderão acessar os dados dos pacientes mesmo que exames, consultas e cirurgias tenham sido registrados em sistemas diferentes. Isso acontece pelo uso de uma plataforma de interoperabilidade que utiliza troca de mensagens chamado de FHIR. Esse é o padrão mundial de troca de informação na saúde, que permitirá, no futuro, a interoperabilidade entre instituições”, diz Valter Lima, CEO da CTC.

O executivo afirma que a parceria com o Hcor servirá como exemplo para a implementação da interoperabilidade no País. “O modelo é mercadológico, atende às expectativas e crescerá de maneira disruptiva, mas ainda é pouco adotado”, diz.

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, incluindo, claro, a cardiologia, mas também oncologia, neurologia e ortopedia, além de ter um centro próprio de medicina diagnóstica. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

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