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Programa Eretz.bio Biotech, do Einstein, celebra 1 ano de aceleração da biotecnologia brasileira

A Eretz.bio Biotech, incubadora de startups do Hospital Israelita Albert Einstein, completou recentemente um ano de avanços na indústria nacional de biotecnologia voltada para a saúde. Em doze meses, o programa cumpriu sua missão de impulsionar o desenvolvimento de startups promissoras e contribuiu significativamente para a projeção internacional do País nesse setor.

O programa, que conta hoje com mais de dez startups em aceleração, surgiu para apoiar na construção de uma robusta indústria nacional de biotecnologia voltada para a saúde, fomentando o setor que historicamente dependeu fortemente da importação de tecnologias.

A incubadora do Einstein concentra-se em áreas estratégicas, como diagnóstico mais preciso, terapias personalizadas, desenvolvimento de medicamentos direcionados, monitoramento contínuo da saúde e medicina preventiva e preditiva, com ênfase na bioconvergência.

“Estamos integrando tecnologias avançadas para proporcionar um diagnóstico mais preciso, tratamentos personalizados e contribuir para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes”, destaca Camila Hernandes, gerente de Inovação da Eretz.bio.

Segundo ela, o propósito é catalisar o crescimento da biotecnologia no Brasil, transformando-o em um hub de inovação e empreendedorismo nesse setor. O programa, portanto, se destaca como um facilitador também para a entrada de biotechs estrangeiras no mercado brasileiro.

“Estamos orgulhosos de ter levado quatro startups brasileiras para participar do BIO International Convention em Boston (EUA) este ano, onde duas delas compartilharam suas trajetórias em um painel internacional. Isso demonstra o potencial do Brasil no cenário global de biotecnologia”, ressalta.

Transformando cientistas em empreendedores

Camila compartilha que o programa estabeleceu objetivos claros em termos de inovação e empreendedorismo. “Queremos transformar nossos cientistas em empreendedores, retendo talentos nacionais, e apoiar o desenvolvimento de empresas que possam criar soluções acessíveis e competitivas globalmente”, destaca.

Histórias de sucesso já estão surgindo, pontua, como a Riogen, que desenvolve um teste molecular inovador para a detecção precoce do câncer de próstata, e a ImunoTera, que trabalha em uma vacina terapêutica para combater o câncer de colo de útero, uma das principais causas de óbito entre mulheres.

A We care Skin, por sua vez, está desenvolvendo produtos dermatológicos para pacientes oncológicos, destacando a abordagem holística do programa na busca por soluções que vão além da terapia convencional.

Transferência de tecnologia

Além de catalisar o crescimento local, o programa também atua como um imã para empresas globais de biotecnologia. “O Brasil está se tornando um mercado atrativo para validação e exploração de produtos. Nosso papel é apoiar essas empresas, oferecendo suporte regulatório e estratégico”, ressalta.

Um dos pontos cruciais do programa é abordar a necessidade de soluções acessíveis no sistema de saúde pública brasileiro. “Queremos que nossas inovações sejam acessíveis. Estamos trabalhando para preencher as lacunas existentes, reduzindo a dependência de importações”, enfatiza.

Perspectivas do Eretz.bio Biotech

Em relação ao futuro, o programa almeja expandir a presença das startups de biotecnologia por todo o País. “A ideia é descentralizar a inovação, não apenas desenvolvendo biotechs, mas também formando pesquisadores e empreendedores em diferentes regiões do Brasil”, afirma.

Ao vislumbrar a próxima década, a expectativa da executiva é de que a biotecnologia desempenhe um papel ainda mais crucial no setor de saúde. “Veremos avanços significativos em terapia celular e gênica, tratamentos personalizados e uma crescente utilização de bioinformática e análise de dados”, projeta Camila, para quem a biotecnologia, de fato, molda o futuro da saúde no País e contribui para a transformação global do setor.

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