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Drex poderá levar Brasil à liderança no mercado de moedas digitais

A Fase 1 do Piloto da moeda digital Drex acabou recentemente praticamente após um ano de trabalho. Para discutir os próximos passos do projeto, o Febraban Tech reuniu executivos de diferentes instituições financeiras.

Solange Parisoto, consultora de Desenvolvimento de Novos Negócios da Sicredi, afirma ter sido um ano bastante tenso, com uma agenda tecnológica muito forte – mas muitos desafios superados. Alguns, entretanto, ainda estão em processo, como o de privacidade.

“Conhecimento sobre o tema foi um dos desafios internos da Sicredi. Também tivemos a questão de desenvolver novos casos de uso. Os principais desafios estão na interoperabilidade. A indústria precisa se organizar e trazer casos de uso para trazer benefícios para os clientes”, continua ela.

Por outro lado, diz Larissa Moreira, gerente de Ativos Digitais, a construção do Drex não está sendo feita do zero. O ambiente de tokenização já é vivenciado no mercado. A moeda digital vem como uma ponta para trazer o dinheiro dentro desse ambiente tokenizado.

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“Quando olhamos para a inovação, muito veio das redes abertas. Em um blockchain público, qualquer pessoa pode fazer o deploy e usar. A gente viu várias ondas, desde infraestrutura e redes até hoje, no qual vemos esses blockchains públicos nas camadas mais de cima. Temos várias coisas já interessantes surgindo em blockchain que poderão ser implementadas no Drex. Essa é uma oportunidade de colocar o Brasil como líder em moeda digital”, acredita Bruno Batavia, diretor de Tecnologias Emergentes do Grupo Valor Capital.

O Drex, comenta Solange, promete trazer eficiência ao setor financeiro, além de promover a inclusão financeira e aumentar a bancarização do País. Ou seja, com a evolução tecnológica resolvendo as questões técnicas, entende-se que tem um potencial muito grande. Um dos exemplos da executiva é o mercado de crédito de carbono. Hoje, é um mercado que carece de rastreabilidade e confiança, mas a tecnologia pode ajudar com isso.

O futuro do Drex

Para os próximos anos, Larissa analisa que teremos uma mudança de hábito das novas gerações, que já estão passando por uma virada de chave sobre a tokenização. “A força geracional é muito forte. Dado todo esse contexto, temos o desafio de fazer uma adaptação da nossa realidade, não só de serviços financeiros, para uma realidade mais digital e tokenizada.”

Vito Castanha, Gerente Sênior do Santander, complementa falando uma analogia. Quando os primeiros smartphones surgiram, em poucos anos foram feitas inovações que a população nem imaginava que seriam possíveis. “O nosso cenário é o mesmo. A sociedade de se acostuma com as limitações e ficções impostas. Qual solução estamos tentando trazer? Fricção da liquidação financeira das transações.”

Por fim, João Gianvecchio, gerente de Estratégia e Inovação do Banco BV, afirma que o blockchain ajudará a permitir a internacionalização de transação, caso ele esteja em rede. Entretanto, ainda há o desafio de taxações únicas para o dinheiro transacionado entre diferentes países. O Banco Central está trabalhando em projetos para gerar uma tributação própria quando chegar o momento de pensar em transações internacionais.

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