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Cloud computing aponta futuro da TI

Longe de ser algo único, um objeto ou um componente tecnológico, a computação em nuvem se parece mais com um contêiner que abriga vários outros conceitos mais sólidos, discutidos e usados há alguns anos. Só para citar alguns, lista-se arquitetura orientada a serviços (SOA), software como serviço (SaaS), virtualização de servidores, sob demanda, clusters, web enabled, business process management (BPM), thin client, compartilhamento e otimização de data centers e conexão.

Parece haver tantos termos quanto há gotículas de água numa nuvem. Justamente por isto, tem se tornado uma benção para marqueteiros, mas um enigma de esfinge para os profissionais de TI. ?A computação em nuvem é cheia de benefícios que as empresas podem aproveitar, embora não exista nenhuma grande novidade?, explica o presidente da LocaWeb, Gilberto Mautner. A empresa já elabora planos para oferecer algum modelo de cloud computing para os clientes ainda em 2008, principalmente voltados para start-ups e pequenas e médias empresas.

Apesar de não existir inovações grandiosas, três forças impulsionaram que todos esses conceitos, antes dispersos, fossem reunidos em um mesmo termo. Primeiro, há uma demanda crescente por e-bussines. Segundo, os equipamentos ficam mais poderosos e mais baratos a cada dia. E, terceiro, há a proliferação de informação online, seja na internet pública ou nas redes corporativas.

O estudo ?A diversidade e a Explosão do Universo Digital: Uma atualização do Crescimento da Informação até 2011?, realizado pelo instituto de pesquisa IDC a pedido da fabricante de tecnologia de armazenamento e gerenciamento EMC, estima que o mundo online abrigue atualmente 281 bilhões de gigabytes de dados, com crescimento anual de 60%. A projeção é que o total chegue a 1,8 zettabytes em 2011. Nessa quantidade imensa, com certeza, há muita informação de qualidade e a dificuldade é separá-la daquelas que não tem.

Ao mesmo tempo, existe uma ociosidade imensa nos data centers. Esse nível chega a 70% em alguns casos. Isto ocorre não porque o negócio é mal gerenciado. Muitas empresas e configurações dos programas que rodam nas máquinas exigem servidores dedicados e exclusivos. ?O hardware cai constantemente de preço, mas a manutenção dele não?, lembra o gerente de novas tecnologias da IBM Brasil, Cesar Taurion.

É aí que entra a cloud computing como meio para fazer estes problemas se dissolverem. No conceito de nuvem, se o usuário necessitar de mais link, armazenamento, novo aplicativo de escritório ou acesso a uma rede qualquer ele usa sem pedir para o departamento de TI. ?Se tudo que estiver contido no conceito de computação em nuvem for adotado, haverá uma nova camada na infra-estrutura, uma pele de colaboração?, diz Taurion. Por ela, a demanda e a oferta de informação trafegarão em várias infra-estruturas como um serviço público. Assim, nasce um outro termo: computação como utility.

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