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Ameaças impulsionam investimentos de provedores em cibersegurança

Aumentar a segurança dos dados e dos ambientes tecnológicos foi um dos maiores desafios de TI em 2021 para 55% dos gestores brasileiros ouvidos na última edição do estudo Antes da TI, a Estratégia. Não por acaso quase 70% consideram a cibersegurança um tema de “grande impacto” para os próximos anos e, segundo outro levantamento da IT Mídia, 76% dos CIOs vão priorizar o tema em seus orçamentos durante 2022.

Por isso não surpreende que, nos últimos dias, dois provedores de tecnologia brasileiros tenham anunciado investimentos em estruturas e portfólios de segurança da informação. A Think IT, por exemplo, empresa paulistana especialista em serviços e infraestrutura de TI, anunciou um investimento de R$ 25 milhões em cibersegurança em 2021, incluindo treinamentos, capacitação, infraestrutura e tecnologia.

Na Think IT, a área de segurança representa 30% do faturamento, mas a expectativa é que em dois anos chegue a 50%. O crescimento das vendas de soluções de segurança da empresa cresceu 200% no período.

Leia também: 10 previsões de cibersegurança para 2022

“Estamos empolgados com o atual cenário do mercado de segurança. A tendência é que em 2022 as empresas invistam ainda mais em cibersegurança. Por isso, esperamos crescer ao menos 30% ao ano até 2025”, explica em comunicado Marco Lorena, CEO da Think IT.

Até novembro de 2021, a empresa tinha crescido 40% em relação a 2020. São 200 colaboradores e cerca de 100 clientes. No portfólio, além de soluções de cibersegurança para proteção contra ataques e vazamentos de informações, há também ofertas baseadas em uma estrutura de SOC e NOC.

Uma das estratégicas de crescimento é baseada em aquisições: a companhia adquiriu uma carteira de clientes de cloud services em 2021 e avalia adquirir quatro empresas do setor de serviços de nuvem e cibersegurança.

“Este ano nós ampliamos nossa operação de São Paulo para suportar todo crescimento que estamos tendo, além do esperado para 2022”, diz Lorena. “Também intensificamos a operação na região Sul, onde fizemos um investimento de R$5 milhões, aumentamos o SOC (Security Operation Center) para atender a alta demanda da região.”

Segurança como BU

A multinacional brasileira Tivit também anunciou um investimento de R$ 50 milhões até 2025 na CyberSec, unidade de negócios voltada a cibersegurança lançada no segundo semestre de 2020. O aporte inclui engenharia, a aquisição de laboratório forense para análises, contratações de pessoal, pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, além de parcerias com fabricantes e investimentos em marketing.

O investimento não inclui aquisições de outras companhias, mas a Tivit diz que é um movimento “possível”.

A CyberSec começou como um movimento de reorganização da estrutura de cibersegurança que já existia na Tivit. Era um time de cerca de 80 profissionais dedicados, que se transformou em uma unidade de negócios especializada.

Atualmente com cerca de 100 profissionais, a unidade atua em mais de 30 clientes exclusivos, e também apoia empresas atendidas por outras unidades de negócios da Tivit, incluindo Cloud Solutions e Tech Platforms. Segundo a empresa, para o próximo ano a área tem como meta triplicar o faturamento e ampliar portfólio para pelo menos 100 clientes próprios nos setores de indústria, varejo, utilities, saúde e serviços.

“Nenhuma empresa está realmente segura sem que se invista em soluções tecnológicas, reveja seus processos e, sobretudo, eduque seus colaboradores”, diz André Futuro, head da área.

Na estrutura organizacional da Tivit, a CyberSec e outras seis empresas fazem parte da Tivit Ventures, braço de investimentos da multinacional que dispõe de fundo de R$ 400 milhões para aquisições até 2025.

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