As chances de fraudes em pagamentos costumam crescer no período do Carnaval devido ao aumento no número de transações. E não só foliões estão mais vulneráveis, os comerciantes também.
Alexandre Oliveira, vice-presidente de riscos da Getnet, alerta que “os riscos são maiores no carnaval de rua, especialmente entre os participantes de bloquinhos”. O executivo lembra que “os foliões, muitas vezes, acabam não se atentando aos detalhes na hora de fazer os pagamentos e podem não perceber as ações de golpistas, que buscam se aproveitar desses momentos de distração para aplicar as fraudes.”
Já os comerciantes podem ter suas informações expostas, assim como seus terminais de pagamentos podem ser explorados para lançar golpes. “É fundamental redobrar a atenção com o negócio durante os dias de folia para evitar roubos de dados e equipamentos e fraudes nas transações, entre outras surpresas desagradáveis que podem ocorrer”, reforça.
Na lista a seguir, o especialista destaca 10 dicas para foliões e negócios assegurarem suas informações e transações durante o período do Carnaval.
Oliveira recomenda ficar atento às mensagens enviadas pelos bancos. Elas são enviadas para sua confirmação e segurança. Quanto mais rápida a identificação de um valor que não se reconhece, maior a chance de recuperação. “Caso identifique uma transação com um valor divergente ou que não reconheça, ligue imediatamente para sua instituição bancária”, aconselha o exeutivo.
A Getnet sugere que ao ir em um evento no carnaval, você busque realizar transações em ambulantes que tenham vínculo com o evento. Isso porque os realizadores dos eventos mantêm convênios e vendem de forma licenciada produtos e serviços, conferindo mais segurança na garantia de procedência, tanto em relação aos produtos como em relação às formas de pagamento.
Sempre que digitar sua senha observe se o campo de valor já está preenchido. Alguns golpistas observando a desatenção do portador deixam o campo de valor para que o cliente desatento digite sua senha. Assim, a senha da vítima é preenchida de forma aberta no campo de valor, permitindo ao golpista obter a senha. Neste momento o golpista realiza a troca do cartão da vítima por um cartão similar.
Nunca deixe seu cartão ser manipulado por terceiros. Nunca entregue ou permita um lojista retirar seu cartão de seu campo de visão. Para isto, dê preferência sempre ao uso de transações contactless, na qual o cartão ficará em sua posse, e a valores baixos para que a senha não seja solicitada, mantendo um alto nível de segurança na transação.
Caso decida ir a um bloco de rua, Oliveira lembra que você pode reduzir temporariamente o limite do seu cartão para minimizar os riscos. É fácil e rápido fazer nos aplicativos dos bancos.
Utilize sempre os terminais oferecidos pela adquirente, que possuem certificações de segurança do mercado. Nunca receba uma máquina além da solicitada através de uma ordem de serviço e, em caso de dúvidas, ligue para a central de atendimento e confirme a ordem de serviço. Desta forma, você garante a segurança ao receber pagamentos.
Monitore constantemente suas transações nos canais digitais. A maior parte das empresas de adquirência disponibiliza um portal e aplicativos seguros, em que poderá conferir seu extrato a todo momento e se certificar de suas vendas e demais operações.
Treine regularmente os funcionários que operam o terminal de pagamento. Solicite a eles para sempre zelarem pelo equipamento, não o deixando exposto e sempre conferindo o CNPJ/CPF e razão social.
Você pode fazer uma marca em seu terminal de pagamento. Uma marca visual exclusiva ajuda a identificar seu terminal e evita a troca indevida do equipamento.
Ao receber um terminal, sempre troque a senha padrão para que não corra risco do uso indevido das ações administrativas da máquina.
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