Negócios

Grande maioria das empresas já usa mais de dois provedores de nuvem, diz Cisco

A grande maioria dos líderes de TI está movendo suas aplicações e cargas de trabalho para ambientes multinuvem de diferentes fornecedores, constatou o “Relatório de Tendências Globais de Rede 2023”, realizado pela Cisco.

De acordo com o estudo, que ouviu 2.500 CIOs em 13 países, incluindo o Brasil, 92% das empresas estão usando mais de dois provedores de nuvem, enquanto significativos 34% hospedam cargas de trabalho com mais de quatro provedores de nuvem. Já 25% usa mais de 20 aplicativos SaaS. Para os CIOs, a agilidade é a maior motivação para migrar para vários serviços em nuvem, superando como fator mais importante do que o custo ou a resiliência.

Entretanto, a falta de consistência operacional é um obstáculo sentido pelos CIOs. O relatório aponta que dois em cada cinco entrevistados citam a falta de consistência nos domínios de rede como um grande obstáculo para conectar os usuários com segurança aos recursos da nuvem. “Na raiz desse problema está o fato de que muitas organizações de TI ainda possuem equipes de rede e segurança que planejam e operam de forma independente”, avalia Derek Mitsumori, Gerente de Marketing da Cisco global. “Isso desafia muitos líderes de TI quando tentam oferecer aos usuários experiências melhores e mais seguras com sua tecnologia existente e limites operacionais divididos”, acrescenta.

Se de um lado, a possibilidade de múltiplas nuvens oferece agilidade à TI, do outro essa realidade acrescenta novas camadas de complexidade para o gerenciamento e da segurança. Quase metade dos CIOs entrevistados aponta a arquitetura Secure Access Service Edge (SASE) como sua principal escolha para conectar filiais das empresas e usuários remotos a aplicativos multicloud nos próximos dois anos. Eles relataram planos de integrar a conectividade WAN definida por software (SD-WAN) baseada em nuvem para fornecer acesso seguro a serviços baseados em SaaS e IaaS.

Para melhorar a conectividade com aplicativos baseados em nuvem de todos os locais, 53% dos entrevistados disseram que estão priorizando a integração SD-WAN com serviços de nuvem, SaaS e provedores middle-mile.

Mitsumori lembra que a TI, responsabilizada pelas experiências do usuário final, é cada vez mais desafiada a fornecer os níveis de serviço desejados. No entanto, com a maioria das transações originando ou terminando fora dos limites corporativos tradicionais, a TI não tem visibilidade do caminho completo da rede. “A cadeia de suprimentos digital está cada vez mais complexa, composta por vários provedores e saltos que normalmente são invisíveis para as equipes de TI. Com a Internet se tornando cada vez mais a nova rede principal, não é de admirar que as equipes de TI precisem de ajuda”, destaca o executivo.

Em resposta a essa necessidade de maior visibilidade, 51% dos profissionais de TI relataram priorizar a adoção de telemetria de rede de ponta a ponta e visibilidade para obter detecção proativa e remediação de problemas.

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