Com onda de furtos, Apple, Motorola e Samsung são questionadas pelo Procon
Revelada por uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, uma nova onda de furtos de celulares e fraudes bancárias através de aplicativos móveis motivou o Procon-SP a questionar fabricantes sobre seus sistemas de segurança.
Enviada nesta quinta-feira (17), a notificação do órgão pede explicações sobre sobre dispositivos de segurança disponíveis em cada aparelho para desbloqueio e acesso às informações à Apple, Motorola e Samsung.
Segundo o Procon, o pedido é motivado por notícias de que quadrilhas têm roubado celulares com o intuito de acessar aplicativos de bancos instalados no aparelho e fazer transferências indevidas na conta bancária da vítima.
O órgão pede uma série de informações às fabricantes, incluindo laudos técnicos, quais são as providências tomadas pelas empresas em casos de fraude, e informações sobre tratamento de dados de usuários. Informações sobre sistemas de bloqueio, exclusão de dados de forma remota e rastreamento, disponibilizados aos usuários vítimas de furto/roubo de aparelhos também foram requisitados. As empresas tem até a terça-feira, dia 22, para responderem aos questionamentos.
Leia também: Golpe no Pix: o que fazer quando for vítima de um
Publicada no último domingo, a reportagem da Folha de S.Paulo dá conta de uma série de casos de furtos de smartphones, na cidade de São Paulo e no interior do estado, com o objetivo de realizar transferências bancárias com os valores das vítimas.
Nos casos analisados, os criminosos eram capazes de burlar sistemas de segurança de smartphones e de aplicativos de serviços financeiros e de transferir valores de até R$ 45 mil para outras contas. Em alguns casos, até sistemas de biometria, como o reconhecimento facial Face ID, da Apple, foram burlados.
Em razão do crescimento do número de casos, o Procon, em nota ao jornal, recomendou que vítimas de furto ou roubo de celulares até mesmo peçam o bloqueio de suas contas bancárias antes de pedir o bloqueio do serviço de telefonia celular, junto a operadoras.
(Com informações de Folha de S.Paulo)
