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Inovação deve ser o principal foco das empresas, diz Jim Whitehurst

Inovação é o principal foco para as empresas que querem ser bem-sucedidas. Essa é a fonte que irá agregar valor ao negócios. A afirmação veio do presidente e CEO da Red Hat, Jim Whitehurst, durante sua apresentação na abertura do Red Hat Summit 2015, que acontece nos dias 23 a 26 de junho, em Boston (EUA).

Whitehurst iniciou seu discurso dando boas-vindas ao público e expressando a sua gratidão pela presença da comunidade. “Eu tenho de dizer que essa realmente é a semana do ano de que eu mais gosto, todo ano”, disse, afirmando posteriormente que a empresa tem como missão ser um catalizador entre comunidade, parceiros e clientes. “Mas na maioria das semanas isso é só na teoria, nós não nos vemos. Então, o que amo nessa semana é que ela é a chance de ver tantos rostos familiares e outros tantos novos, e isso torna tudo muito humano e real”, afirmou ele, passeando no palco com seus emblemáticos sapatos vermelhos.

A Red Hat possui uma cultura de colaboração muito forte, que a torna não apenas uma fornecedora de soluções open source, mas também uma empresa aberta como um todo. Nascida de uma forma considerada fora dos padrões, nada mais natural para Whitehurst falar sobre inovação e como a indústria está mudando.

Para exemplificar, o CEO utilizou uma citação feita pela publicação TechCrunch. “Uber, a maior empresa de táxi do mundo, não tem carros. Facebook, a mídia mais popular do mundo, não cria conteúdo. Alibaba, a varejista mais valiosa do mercado, não tem estoque. E Airbnb, a maior provedora de hospedagem do mundo, não possui qualquer imóvel. Algo interessante está acontecendo”, disse.

A explosão de dados que está acontecendo nos últimos tempos, diz, permitiu que as empresas pudessem se livrar de ativos e criar novos modelos de negócios, novas fontes de informação. “A inovação está determinando como o valor será criado”, disse. “A tecnologia está permitindo uma alteração de valor vertical. As empresas estão desconstruindo em um ritmo quase inimaginável e a TI está liderando disso.”

Quem vai ganhar essa corrida? Aqueles que se adaptarem. “Quem você é e o que você faz terá que mudar. E as infraestruturas que te trouxeram aqui não irão te levar mais longe”, afirmou.

Mais inovação
Foi com a mesma simpatia apresentada no palco que Whitehurst recebeu um pequeno grupo de jornalistas da América Latina para uma mesa-redonda, em uma sala reservada para o bate-papo. Ao chegarmos, ele estava a postos ao lado da porta, esperando todos entrarem, e fez questão de cumprimentar um por um. Foi com esse clima receptivo que a conversa sobre inovação continuou e a qual você confere a seguir.

IT Forum 365 – Como você vê a transformação digital? As empresas atualmente estão preparadas?
Jim Whitehurst – Eu diria que pouquíssimas empresas estão preparadas por completo para essa transformação digital, mas a cada dia mais e mais delas estão começando a entender. Dois pontos devem ser levados em conta: a primeira coisa que tem que ser considerada é que a transformação digital é mais do que apenas a TI, ela vai modificar todos os aspectos dos negócios, vai mudar o como você se relaciona com os seus clientes e colaboradores. Outra coisa é o modo como pensamos.

A TI é a parte fácil, mas temos esse sistema educacional que nos penaliza por errar. E agora fala-se muito de fomentar a criatividade, precisamos de pessoas que tentem coisas novas e cometa erros. Mas entramos em um paradoxo, porque na escola éramos bons exatamente porque não errávamos. Na verdade, muitos criativos foram estudantes preguiçosos. Steve Jobs é um exemplo e olha o que ele fez. Então, acredito que temos de reconhecer que essa é uma semente a qual está plantada muito fundo em todos nós e teremos que mexer. Entender o problema é um grande primeiro passo.

ITF365 – Como a Red Hat tem ajudado as companhias a passar por essa transformação?
Whitehurst – Fora a tecnologia que entregamos, estamos trabalhando a nossa capacidade de consultoria, para ajudar nossos clientes nessa mudança. Mas é difícil, porque somos uma empresa de tecnologia e também estamos nessa estrada de descobrir como as coisas podem funcionar. Temos um projeto com CIOs para incentivá-los a escrever sobre suas experiências, o site opensource.com, que conta um pouco do como usar o open source além da TI; temos o livro [The Open Organization: Igniting Passion and Performance, ainda sem previsão de lançamento para o Brasil]. A parte difícil não é a tecnologia, mas sim o processo de modificação do como pensar. Então uma porção de pessoas terá de se unir para podermos seguir nessa direção. Uma das coisas que acreditamos profundamente é no compartilhamento de conhecimento, então estamos dando o nosso melhor nesse quesito.

*A jornalista viajou a Boston (EUA) a convite da Red Hat

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