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Indústria reduz investimento em P&D, mas tem boas projeções de inovações

O investimento das indústrias brasileiras em pesquisa e desenvolvimento (P&D) teve queda. Em uma escala de 0 a 200, o último trimestre de 2017 alcançou 92,8 pontos – menor do que o índice do terceiro trimestre (96,9). Quando o indicador, que oscila entre 0 e 200, se mantém abaixo dos 100 pontos, significa que um maior número de empresas irão diminuir ou não realizar investimentos em inovação no período pesquisado.

Os números são de estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mostra também que, por outro lado, o ritmo de inovação tecnológica em processos ou produtos industriais no Brasil cresceu no último trimestre de 2017. Na comparação com o trimestre anterior, o número de indústrias inovadoras subiu 0,4 ponto percentual, alcançando 44,1% do total de empresas com mais de 250 funcionários pesquisadas.

O período de coleta dos dados é trimestral e ocorre nos dois primeiros meses subsequentes ao trimestre de referência da pesquisa. Para a edição do 4º trimestre de 2017, foram aplicados 353 questionários para empresas com mais de 250 funcionários de todas as regiões do país, entre 08 de janeiro e 08 de março de 2018.

Guto Ferreira, presidente da ABDI, destaca que quando uma empresa inova em processos ou produtos, ela está se tornando mais competitiva. “Aqui no Brasil, isso é fundamental num momento de retomada da economia.”

A pesquisa aponta ainda que a indústria nacional está fazendo mais com menos. “O estudo mostra que os investimentos com pesquisa diminuíram, mas o percentual de empresas inovadoras aumentou sensivelmente. Ou seja, as equipes de desenvolvimento estão conseguindo inovar em processos ou produtos com menos recursos financeiros”.

Agronegócio

O sistema produtivo do agronegócio é o único em que as empresas estão investindo mais em inovação. O índice cresceu em 2017 pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo 108 pontos. Foi um avanço de 5,5 pontos em relação ao terceiro trimestre. Guto Ferreira lembra que o agronegócio foi o responsável pela melhora do PIB em 2017. “O setor cresceu 13% em relação a 2016. A inovação é um componente importante nesse resultado. Os produtores brasileiros já perceberam que investimento em tecnologia garante mais rendimento no campo”, defende.

Perspectivas para 2018

As perspectivas para a inovação em 2018 são boas. Segundo o documento, o setor industrial continua apresentando sinais consistentes de recuperação e inicia um movimento de investimentos em inovação, mesmo que ainda muito aquém de anos anteriores. As perspectivas são positivas considerando o prognóstico positivo para investimentos no 1º trimestre de 2018 e da melhora da situação atual dos negócios das indústrias brasileiras.

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