Empresas na América Latina estão vulneráveis a fraudes por e-mail
Estudo realizado pela Return Path, provedora de soluções de dados, mostra que apenas 22% das companhias em todo o mundo já deram o primeiro passo para melhorar a proteção contra fraudes em e-mails. Na América Latina, a taxa cai para 15%. Estados Unidos e Canadá apresentam as maiores taxas, ambos com 33%.
O Relatório de Inteligência DMARC (do inglês, Domain-based Authentication, Reporting and Conformance), ou domínio de relatórios baseados em mensagem de autenticação e conformidade, traz a análise de 1049 grandes marcas. O levantamento avalia em 31 países e 11 setores, a adoção de tecnologias DMARC, tipo de solução, que segundo Louis Bucciarelli, diretor Regional da Return Path para a América Latina, protege contra ataques de phishing e spoofing.
De acordo com o levantamento, o setor de social media lidera o ranking de adoção do DMARC, com taxa global de 51% entre as empresas pesquisadas. O de logística também registrou destaque na pesquisa: 41% das companhias contam com uma proteção do tipo. Varejo, bancos e saúde não adotaram amplamente o protocolo, com 21%, 19% e 8% taxa de adesão, respectivamente.
O estudo da Return Path analisou três estágios de implantação do DMARC: monitoramento, quarentena e rejeição da mensagem. Nesse cenário, apenas os setores de logística (com adoção de 44% das empresas pesquisadas), social media (40%), público (33%) e de serviços de pagamento (32%) têm mostrado compromisso rigoroso no combate à fraude, por meio da solução completa, ou seja, instruindo os provedores de e-mail a bloquear mensagens supostamente fraudulentas.
No Brasil, 75% das caixas de entradas dos consumidores estão protegidas, incluindo contas do Gmail, Hotmail e Yahoo!. A taxa mais alta de proteção está na Rússia (90%) e em Hong Kong (90%), enquanto os Estados Unidos aparecem em segundo lugar (85%).