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Crise: a palavra da moda. Mas o que fazer para obter resultados reais?

A crise financeira pela qual o Brasil passa atualmente está assombrando muitas empresas de diferentes portes e segmentos. Não é para menos: ajuste fiscal, controle de gastos, aperto da política monetária desenham um cenário de baixo crescimento e afastam muitos planos de investimento, mas será que não há nenhuma oportunidade em meio a essa turbulência?

Essa é a pergunta que os gestores devem fazer nesse momento. Pensar apenas em corte de gastos operacionais e administrativos em áreas consideradas como centros de custo e não de receita não é o caminho. É preciso ter uma visão atenta sobre os negócios e tomar decisões inteligentes, tentando inovar e otimizar processos. Se essas medidas já são indicadas em fases de calmaria financeira, imagine como podem fazer total diferença entre o sucesso e o fracasso quando se trata de crise.

Nesse cenário, no qual algumas empresas estão paralisadas pelo medo, a melhor parceira é a tecnologia – quanto mais otimizado estiver o ambiente de TI, melhores os resultados. Por exemplo, fazer mais com a mesma infraestrutura tecnológica pode não apenas levar à redução de custos operacionais, mas também tornar a empresa mais ágil para responder às demandas dos clientes e mais inovadora para se diferenciar da concorrência.

Por exemplo, a virtualização de ambientes de TI pode desempenhar importante papel em tempos de crise, ajudando os negócios a administrar melhor as despesas de capital relacionadas à propriedade e a manutenção do hardware. Não são raros os casos de empresas que muitos servidores estão ociosos à espera de trabalho enquanto outros executam aplicações antigas que são mantidas apenas por questões de conformidade ou compatibilidade.

Esses aplicativos de “segunda linha” podem ser migrados para máquinas virtuais nos equipamentos com capacidade ociosa para que outros servidores possam ser desligados, poupando energia para alimentar e resfriá-los. Em resumo, consolidar hardware é sinônimo de economia e, com os reajustes salgados nas contas de luz nos últimos meses, cada quilowatt consumido a menos é para ser comemorado.

No entanto, como já foi mencionado, reduzir custos não deve ser a única meta de quem deseja ver oportunidade além da tempestade. Também nesse campo, a tecnologia da virtualização pode dar sua contribuição. Servidores virtuais garantem a ‘fluidez’ necessária para dar respostas rápidas às mudanças de cenários dos negócios. Isso permite que os gestores se concentrem em desenhar soluções inovadoras, capazes de atender à atual demanda do mercado, sem se preocupar como elas serão implementadas na sala dos servidores e, talvez mais importante, por preços atraentes, uma importante vantagem competitiva não apenas na crise, já que dispensarão mais investimentos em hardware, software e manutenção.

Indo além, ao tornarem seus ambientes de TI cada vez mais virtualizados, as empresas abrem caminho para a nuvem. Abstraindo a camada física dos servidores, a transição para a nuvem passa a ser uma questão de tempo mais associada aos negócios do que à tecnologia. O primeiro passo pode ser a migração dos servidores para uma nuvem privada e, à medida que o modelo de negócios amadurecer, será possível executar com tranquilidade a transferência para uma nuvem pública.

É óbvio que a virtualização exige um plano de ação muito bem elaborado. Consultorias especializadas podem ajudar empresas a encontrar o melhor caminho para consolidar os servidores, associando processos operacionais a máquinas virtuais, e a definir o melhor método de gestão do novo ambiente. Mais do que isso, um bom projeto de virtualização encontrará maneiras criativas de implantar a tecnologia de forma a maximizar a economia e a flexibilidade para os negócios. E tudo isso se traduzirá em fôlego e capacidade de inovação para superar momentos de adversidades e se preparar para os tempos de bonança que certamente estão por vir.

*Afonso Saade é diretor Comercial da S2IT

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