Quatro tendências em meios de pagamentos digitais que vão dominar 2020

Seis em cada dez brasileiros de classes A, B e C já utilizam algum tipo de serviço de pagamento digital.

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10:44 am - 23 de janeiro de 2020

Os meios de pagamentos digitais vão ganhar ainda mais força em 2020. De acordo com uma pesquisa sobre hábitos de consumo de serviços financeiros divulgada pela IDC em janeiro de 2019, seis em cada dez brasileiros de classes A, B e C já utilizam algum tipo de serviço de pagamento digital. Além disso, o “World Payment Report”, realizado pela Capgemini, aponta que as movimentações non-cash (sem utilização de cédulas ou moedas) devem crescer em média 12,7% ao ano até 2021, representando uma em cada cinco transações do mundo todo.

Levando em conta o atual boom de serviços financeiros cada vez mais digitais e personalizados, selecionei quatro tendências de meios de pagamentos digitais que prometem movimentar 2020.

Super App

Imagine poder pedir sua comida preferida, pagar contas e alugar uma bike tudo em um mesmo aplicativo. A corrida pelo “super app” deve se intensificar ainda mais neste ano. Grandes players do mercado já trabalham para sair na frente com a tão sonhada plataforma que oferece desde produtos e serviços até meios de pagamento B2C e B2B. A briga para atrair consumidores para o modelo inspirado no aplicativo chinês WeChat, da Tencent, promete ser boa.

E-wallets

Além de ultrapassar a barreira física – evitando a necessidade de ter um ou mais cartões de crédito ou débito sempre que for realizar uma compra – e simplificar o processo de pagamento armazenando informações com segurança, as carteiras digitais ainda pode oferecer benefícios como cashback e isenção de taxa para transferência de dinheiro.

Outra vantagem é que o meio de pagamento não está mais restrito aos smartphones e já é encontrado em relógios e pulseiras. Não à toa, um estudo da Bain & Company aponta que as e-wallets deverão representar cerca de 28% do mercado mundial de meios de pagamento até 2022.

Pagamentos instantâneos

A abordagem disruptiva dos pagamentos instantâneos promete impactar o consumidor e as instituições financeiras do Brasil em 2020. A possibilidade de realizar transações entre pessoas físicas e jurídicas instantaneamente, eliminando custos extras e diminuindo a burocracia é o ponto forte deste meio de pagamento.

O Banco Central avança no desenvolvimento de um sistema único por meio de um QR code, que tem como objetivo principal substituir as transações em dinheiro ou por meio de TED (Transferência Eletrônica Disponível) e DOC (Documento de Ordem de Crédito). De acordo com o BC, o novo sistema permitirá que os pagamentos instantâneos sejam feitos em questão de segundos e funcionarão 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Experiência do Consumidor

Não é novidade que os consumidores estão cada vez mais digitais: eles demandam soluções mais rápidas, menos burocráticas e que otimizem as tarefas do dia a dia. Atender a essas exigências e melhorar a experiência dos usuários é um dos maiores desafios de empresas de todos os segmentos – e as do setor financeiro não fogem à regra.

A migração do pagamento físico para o digital por meio de novas tecnologias, seja por aproximação ou QR code, por exemplo, são apenas algumas das soluções que chegam para atrair o consumidor em um mercado cada vez mais competitivo. Em 2020, essa competitividade só deve aumentar – e cabe ao consumidor ficar de olho para encontrar o meio de pagamento mais adequado para o seu perfil. Opções não irão faltar.

*Por Felipe Gonçalves, diretor de Desenvolvimento de Negócios Globais para a PayU Brasil

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