Com novo unicórnio na área, como as imobiliárias podem reagir ao digital?

Os fundos Dragooner e SoftBank de anunciaram um aporte de US$ 250 milhões no QuintoAndar, startup que simplifica a locação de imóveis.

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8:48 pm - 29 de setembro de 2019
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Os fundos Dragooner e SoftBank anunciaram um aporte de US$ 250 milhões no QuintoAndar, startup que usa tecnologia e design para simplificar a locação de imóveis residenciais e com isso passa a ser considerada um unicórnio. O Dragoneer já investiu em empresas como Nubank e Uber, enquanto o SoftBank apostou em startups como Rappi e Gympass.

O valor será utilizado para a ampliação da equipe de tecnologia e expansão comercial, assim como para concretizar os planos de iniciar operações fora do Brasil em 2020.

A inovação tecnológica está provocando transformações profundas no mercado imobiliário. Por meio da integração da Inteligência Artificial – ramo da ciência da computação que elabora dispositivos capazes de simular a competência humana de raciocínio -, as startups do setor estão cada vez mais aptas a descobrir as dores de seus clientes e conquistar novos públicos.

De acordo com o Radar Construtech Ventures de Startups de construção e mercado imobiliário, são 562 empresas de base tecnológica atuando nessa área no Brasil.

Frente ao cenário de transformação e, consequentemente, de concorrência, as imobiliárias tradicionais podem ser afetadas. “Participo do setor imobiliário desde que nasci e comecei a ver uma transformação muito grande, diversas notícias falavam sobre players que poderiam acabar com as imobiliárias. Entre resistir cegamente a este movimento e estudar o necessário para construir a mudança, preferi a segunda opção”, afirma Paulo Fernandes, fundador da RuaDois.

A RuaDois foi fundada no final de 2018 com o intuito de ajudar imobiliárias de todos os portes a tornarem-se competitivas frente aos novos players do mercado, nativos da era digital.

A tecnologia desenvolvida pela startup permite à imobiliária entregar uma experiência 100% digital, desde a hora de trazer os imóveis para sua carteira até o momento de ajudar os locatários a acharem uma casa nova.

Passando pela análise de crédito por meio de I.A., a instituição permite que o locatário não dependa de seguro-fiança, depósito caução nem fiador para poder alugar, sem que haja ônus para a imobiliária, e reduz de 6 para 1 dia o tempo entre a proposta e a assinatura do contrato.

A ideia de negócio surgiu a partir da experiência do fundador com a Beiramar Imóveis, principal imobiliária de Brasília, da qual era sucessor. Enquanto CIO, o empreendedor liderou a transformação digital da empresa e conquistou aumento de 45% nas locações, além de conseguir dobrar sua margem líquida.

Os resultados demonstram o valor de renovar lideranças e expôr as empresas a novos processos, gerando um ambiente mais favorável para a inovação, principalmente em um setor ainda considerado tradicional e burocrático.

*Por redação Pineapple

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