Avanços na tecnologia de UPS oferecem proteção para edge data centers

Proteção é mais econômica e traz maior eficiência e modularidade aos UPSs.

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8:34 pm - 04 de setembro de 2019

Grandes avanços estão chegando ao mercado de nobreaks (UPSs) trifásicos, e essa é uma boa notícia para as organizações que operam data centers de situação crítica, incluindo os micros e os edge data centers. Esse progresso – que traz maior eficiência e modularidade aos UPSs, juntamente a uma pegada reduzida, melhor conectividade e um custo total de propriedade mais baixo – está agregando valor para quem está em busca de poupar tempo, dinheiro e ainda reduzir o risco de gerenciamento.

Este é o momento certo para o avanço da tecnologia de UPS, porque os micro e edge data centers estão se tornando cada vez mais cruciais para as organizações, já que eles capitalizam tendências como IoT, aplicativos móveis, cloud computing; enfim, tudo o que requer poder de computação na rede edge. Organizações de inúmeros setores, incluindo varejo, transporte, emergência, iluminação de emergência e luz industrial, estão entendendo que os edge data centers têm requisitos exclusivos para disponibilidade, monitoramento e manutenção.

UPSs cada vez menores e mais eficientes

As dimensões físicas dos UPSs são características particularmente desafiadoras em um edge data center. É importante que a fonte não ocupe um espaço que poderia ser destinado aos equipamentos de TI. A boa notícia é que esses ativos modernos estão cada vez menores – 25% ou mais – em relação aos modelos anteriores, fornecendo mais recursos e densidade de energia.

Uma versão antiga pode exigir de 22 a 30 polegadas de folga traseira, enquanto modelos mais novos demandam apenas 6 polegadas e oferecem acesso total pela parte frontal da unidade. Alguns também estão projetando perfurações de fluxo de ar nas laterais, para que os UPSs possam ser colocados ao lado de outros equipamentos ou encostados em uma parede para economizar espaço.

Tem mais: a eficiência energética dos nobreaks está melhorando a partir dos aprimoramentos na tecnologia dos modos de economia de energia, os quais aumentam a eficiência nos sistemas legados de 94% para 99% na maioria dos novos modelos. Esse salto significa uma economia, por ano, de cerca de US$ 5 mil por UPS, com base nas tarifas elétricas médias da América do Norte.

Modularidade e conectividade reduzem os riscos do nobreak

Nobreaks modernos são projetados de forma modular, com componentes facilmente manipuláveis. Isso significa que podem ser trocados com módulos de reposição no local ou substituídos com menos interrupções durante o processo. Essa modularidade é incorporada não apenas aos módulos de potência, mas também a outros componentes críticos, como ventiladores, chaves de bypass e placas de conectividade. Ter as partes separadas do UPS em mãos pode garantir que seu nobreak esteja sempre acessível quando necessário.

Os avanços nos quadros de conectividade, equilibrados com as proteções de segurança cibernética, são um desenvolvimento relativamente novo. Isso permite que os operadores se conectem a um sistema de monitoramento e gerenciamento remoto e, rotineiramente, relatem dados de status ou executem ações automatizadas. Dessa forma, a equipe pode acompanhar remotamente o desempenho do UPS e ser alertada sobre problemas como baixa vida útil da bateria ou falha do ventilador. Esses recursos são importantes para edge data centers, que geralmente não têm nenhuma equipe de TI no local.

Íon-lítio e menor custo total de propriedade (TCO)

Hoje, cada vez mais modelos de nobreaks estão se tornando compatíveis com baterias de íon-lítio, que têm várias vantagens em comparação com as tradicionais baterias de chumbo-ácido reguladas por válvula (VRLA). Elas duram de duas a três vezes mais do que as VRLA e podem resistir a temperaturas operacionais mais elevadas – fator especialmente importante para ambientes industriais em que as temperaturas de funcionamento podem ser maiores do que em data centers tradicionais.

As baterias de íon-lítio também podem suportar ciclos mais repetitivos em relação às baterias VRLA, sem comprometer seu desempenho, aumentando a disponibilidade do aparelho. Além disso, elas têm um tempo de recarga muito menor. Normalmente, um UPS trifásico com bateria VRLA gasta 24 horas para ir de 10% a 90% de carregamento, ao passo que as baterias de lítio precisam apenas de 2 a 4 horas. Isso é um benefício enorme; afinal, sempre que um nobreak está com menos carga do que seu total, há risco de que ele não possa cumprir sua função se solicitado pouco depois.

Finalmente, as baterias íon-lítio são muito mais leves e menores do que as baterias VRLA, reduzindo ainda mais os requisitos por espaço.

Todos esses fatores – menor tamanho, maior disponibilidade, eficiência energética elevada, modularidade e conectividade aprimoradas e suporte para baterias de íons de lítio – servem para diminuir o TCO dos nobreaks modernos em comparação com seus legados.

Galaxy VS: o mais novo nobreak trifásico da Schneider Electric

A Schneider Electric, por exemplo, estima que sua nova linha de nobreaks trifásicos Galaxy VS traga aos seus usuários um retorno financeiro em até dois anos. Grande parte das economias que o produto proporciona vem do suporte à tecnologia ECOnversion, da Schneider Electric, uma mudança nos modos tradicionais de economia de energia do UPS, que oferece até 99% de eficiência sem a perda de confiabilidade, típica de outros tipos de tecnologia de economia de energia.

A linha Galaxy VS também foi projetada para trabalhar com o EcoStruxure, da Schneider Electric, plataforma e arquitetura de sistema aberta, interoperável e habilitada para IoT, provendo monitoramento remoto, capacidades de serviço e suporte, incluindo um aplicativo para que os operadores do data center monitorem o UPS de qualquer lugar.

Com o nítido crescimento dos edge data centers que estamos presenciando atualmente, é bom saber que a tecnologia de UPS também está avançando para mantê-los sempre ativos.

*Por Felipe Paim, gerente do canal de vendas de Secure Power da Schneider Electric Brasil.

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