XML contemplando um cenário de interoperabilidade

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9:51 am - 14 de agosto de 2013

Em um artigo anterior, além da linguagem de marcação pelo XML, fizemos uma interessante abordagem história da XML.  A partir deste momento, vamos entrar no mundo destas três letras com mais profundidade e conteúdo, sempre com o viés para a Web Semântica. Antes de qualquer coisa, fui solicitado por alguns leitores para não deixar passar alguns termos sem a devida explicação. Um deles, as TAGS: são rótulos (ou marcações) que informam à máquina o que deve ser apresentado pelo navegador (ex: em HTML) ou estruturado (em XML). As TAGS iniciam com o sinal de maior ??. O que diferencia muito o HTML da XML é que a TAG nesta primeira linguagem são fixas e padronizadas e, em XML, livres. Aqui você poderá obter informações mais detalhadas sobre TAGS. Bem, vamos agora ao tema deste artigo. Relembrando os primeiros estudos sobre XML, em 2002, a coisa parecia uma aposta. Alguns, erroneamente, tentavam fazer que a XML tomasse o lugar do HTML. Nesta época, lendo ?Arquitetura de Sistemas com XML? de Daum e Mertem, já percebia que a tecnologia XML não era uma aposta ou substituição do que já existia, mas uma realidade absoluta, uma quebra de paradigma. Entretanto, uma deficiência era evidente nesta época (ou ainda nos dias atuais!?!): os dados organizacionais em ilhas de informação, necessitavam de integração e interoperabilidade. De fato, o ponto alto foi, ao perceber como seria contemplada a interoperabilidade, demos conta realmente da força da XML. Apenas para alinhas os conceitos, integrar provém do latim integer (inteiro). Podemos dizer que é a ação em que as partes se formam em um todo e ao se incluir no conjunto, se tornam incorporadas de forma transparente (não se distingue as divisões). Já a interoperabilidade é uma propriedade que e refere a capacidade dos diversos sistemas, dispositivos, mecanismos e até as organizações para trabalhar em conjunto (inter-operar). Especificamente na computação é a habilidade de diversos (dois ou mais) sistemas computacionais, trocarem informações, contudo preservando a capacidade de reuso de tais informações. Fica, portanto, óbvia a necessidade das interfaces dos produtos ou sistemas que se deseja interoperar, estarem completamente esclarecidos, sem quaisquer acessos restritos. Têm-se dois tipos de interoperabilidade: – sintática: os padrões XML contemplam, pois é a capacidade de comunicação e troca de dados, em um dado formato especificado e protocolos de comunicação. A interoperabilidade sintática é uma condição importante e necessária. – semântica: é habilidade de interpretar automaticamente as informações trocadas, com precisão, no intuito de produzir resultados úteis, na forma que foi definida previamente. Quem solicita e quem responde (ou vice-versa) devem possuir um modelo de referência em comum de troca de informações ? pedidos e respostas claramente definidos. É evidente a necessidade prática da interoperabilidade. O PEP (prontuário eletrônico do paciente), que também utiliza a XML como padrão para a troca de arquivos, é um ótimo exemplo. Existe um esforço mundial para o PEP. A coisa está caminhando. Alguns fatores são fundamentais para alcançar sucesso: haver demanda por produtos interoperáveis; estabelecer normas e regras; incentivo governamental aos fabricantes na disponibilização de produtos interoperáveis; cumprir testes prévios, independentes; promover ativamente a interoperabilidade. Voltaremos neste assunto (PEP) em outros artigos.Grande abraço a todos.

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