Um RH disruptivo é essencial para a empresa

Quando você pensa na área de RH de uma empresa, o que vem à mente? Apenas um centro de custo ou um centro de resultados?

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2:00 pm - 18 de abril de 2020

Iniciei com essa pergunta, porque as pessoas, em sua maioria, pensam que a área de recursos humanos de uma empresa não pode ser inovadora e gerar resultados significativos. Não só pode, como é primordial ser disruptiva!

E o que seria isso? A inovação disruptiva tem um conceito diferente aqui. Ela transforma um setor ou um mercado existente por meio da simplicidade, da conveniência e da acessibilidade, em substituição à complexidade e ao alto custo.

A disrupção também envolve mudanças que alcançam toda a organização, desde a tecnologia na forma de conduzir o negócio até a relação com as pessoas e sobre como elas se organizam. Isso quer dizer que as empresas ou organizações disruptivas não se limitam à tecnologia, mas enxergam o alcance das mudanças no gerenciar pessoas, quer seja na cultura, nos valores compartilhados, nos sistemas de comunicação e até mesmo na definição dos papeis e nos deslocamentos até as equipes.

Uma empresa que tem como um dos pontos-chave da disrupção a área de RH consegue potencializar seu resultado, pois é nela, nessa área, que há o conhecimento das competências das pessoas, onde estão centralizadas todas as condições necessárias para avaliar, definir treinamentos e possibilitar o desenvolvimento do potencial humano.

O cenário atual exige competitividade. É importante que não esqueçamos de alguns aspectos: – A disrupção é essencial. Mais cedo ou mais tarde sua empresa ou organização será afetada por ela;

– Deve ser personalizada, ou seja, deve ser desenhada para seu negócio, customizada;

– Deve ser planejada pois não acontece de um dia para o outro, mas de forma organizada;

– Deve ser profissional, contando com metodologias, ferramentas e, principalmente, profissionais capacitados.

Agora, onde a ruptura com os padrões dos modelos de trabalho que norteiam o comportamento das equipes inicia? Essa ruptura deve começar no encontro do propósito do negócio. Definir objetivos estratégicos que refletem o porquê de a empresa estar no mercado é a essência da disrupção.

Estamos atravessando um momento crítico na existência humana. Quem imaginaria que, no momento da definição do seu propósito, atividade geralmente realizada no segundo semestre do ano, iríamos viver uma situação tão alarmante como essa, do COVID-19?

Arrisco dizer que nenhuma empresa foi capaz de mapear esse risco. Essa situação trouxe, de uma hora para outra, a necessidade de reformulação de todos os planos criados para este ano. Por que digo isso? Porque os objetivos estratégicos de um negócio são diretamente impactados pelo ambiente. Ou seja, diante de um cenário onde tudo mudou, onde novas variáveis surgiram, é preciso se remodelar.

O(s) objetivo(s) estratégico(s) ora redefinido(s) irá(ão) determinar como os processos do negócio deverão ser executados; o que, por sua vez, determinará quais competências os colaboradores da empresa precisarão adquirir para que ela tenha êxito na busca por seu propósito.

Paulo Alexandre, Consultor sênior da DOXA – Gestão Estratégica, Mentor de Negócios associado à ABMEN, é especialista em Análise de viabilidade de projetos de novos produtos e serviços e fontes de financiamento e fomento.

Comentários e opiniões contidos neste texto são de responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião da ABMEN – Associação Brasileira dos Mentores de Negócios

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