TSE busca transparência: investiguem as urnas!

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9:51 am - 14 de agosto de 2013

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma medida que a princípio temos que aplaudir e incentivar. Vai permitir que sejam realizados testes públicos de segurança no sistema eletrônico de votação para verificar possíveis vulnerabilidades no sistema. Essa ação verificará se o sistema está sujeito a eventuais violações ou fraudes.O teste para as eleições de 2010 deverá ocorrer no período entre 10 e 13 de novembro deste ano e deverão ter uma ênfase nas questões de tecnologia.Os controles de segurança da informação devem valer pela sua rigidez e pela sua força em resistir a tentativas de ataques. Muitas vezes pensamos erroneamente e imaginamos que a força dos controles deve ser garantida pelo desconhecimento dos controles. Isto se aplica bem aos algoritmos de criptografia: eles podem ser conhecidos, mas a sua força residirá na chave secreta. Quanto  mais testado for um algoritmo melhor: ficará mais explícito que o algoritmo em si não possui fragilidades.Algumas questões devem ser consideradas com esses testes:a) Após a sua realização e eventuais acertos tem-se que garantir que o aplicativo a ser colocado na urna para o dia real da eleição é realmente a versão homologada e corrigida.b) Os processos são tão importantes como as questões técnicas. Eles devem ter controles para garantir a sua efetividade. Caso contrário as falhas ou fraudes poderão acontecer através dos processos.c) não se deve esquecer o elemento pessoa humana. Tecnologia protegida, processos efetivos, mas são as pessoas que vão fazer a eleição acontecer de forma integra e segura.Mas, com a experiência acumulada nesses anos e com a competência das pessoas envolvidas acredito que o processo eleitoral da urna eletrônica brasileiro se encaminha para um patamar de excelência. Evidentemente essa situação não deve impedir da existência de auditorias em algumas urnas com a emissão do voto impresso em um recipiente lacrado, por exemplo. Também não devemos esquecer dos testes e avaliação de todo o sistema eleitoral. Os programas do ambiente centralizado são tão importantes quanto as urnas. Uma falha ou fraude em um sistema central é devastador. Para tanto, apurações em paralelo devem ser permitidas, facilitadas e incentivadas.O que mais me alegrou nesta ação do TSE é que (aparentemente) os controles que teremos nas próximas eleições serão melhores do que tivemos nas eleições passadas. E isso é que vale em segurança da informação.Agora, uma coisa depende do eleitor: escolha bem seus candidatos! E mesmo quando vier aquele desânimo de que ?não tem mais solução?, lembre-se que você é a solução para colocar nos cargos públicos pessoas que melhorem a situação do mundo político do BrasilEdison Fontes, CISM, CISA.Consultor, Professor e Autor de Livros de Segurança da Informação.Núcleo Inteligência. Participa ABSEG, ISACA e InfoSecCouncil.[email protected]?Nós pensamos demais e sentimos muito pouco?. Charles Chaplin no filme:O Grande Ditador (1940).

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