Smart TV Philips série 6500 47 polegadas – leve, brilhante e econômica
convergência tecnológica as TVs se transformaram em SmartTVs e por isso
incorporaram tanta tecnologia que as fez se transformarem em computadores
especializados para entretenimento. Sendo
assim recebi em minha casa por 4 ou 5 semanas a SmartTV Philips da série 6500
de 47 polegadas modelo 47PFG6519/78
e pude desfrutar deste modelo, suas funcionalidades e seus recursos.
Visão Geral
De imediato a primeira imensa diferença é o peso desta TV. A TV que possuo é
fabricada por um dos grandes fabricantes coreanos, tem 42 polegadas, mas é
fabricada há 3 anos e meio ou 4 anos pelo menos. Apesar de maior a Philips é
muito mais leve e mais fácil de ser carregada. Precisei de ajuda para guardar e
minha própria TV enquanto a Philips de 47 polegadas foi facilmente manipulada e
instalada por mim. Apenas 8 parafusos (4 da base e 4 do suporte) são
necessários para montar a TV.
A TV é toda branca, bordas bem finas e tem uma base de alumínio de visual
simples que torna todo o conjunto elegante. A borda fina faz tanta diferença
que o local no qual ficava a minha TV de 42 polegadas recebeu a Philips de 47
com pequena diferença nas laterais, tal a importância que faz este design que
privilegia a tela com bordas quase inexistentes.
A instalação foi muito simples porque me bastou conectar 3 cabos HDMI (fora o
fio de energia, é claro) e tudo de que precisava estava pronto para funcionar
(NET HD MAX, PlayStation 3 e WD Midia Center). Por ser neófito em testes de TV
fiquei na dúvida de como proceder. Optei pelo caminho natural, ou seja, usá-la
no dia a dia como se fosse minha e naturalmente cada recurso foi entrando em
ação. A saber a TV tem mais 2 conectores AV RCA para dispositivos que usem este
tipo de conexão. Completa a conectividade com 2 entradas USB para reproduzir música,
filmes e fotos, interface para cabo ótico (som), a entrada de antena UHF para
TV digital e conector de fone de ouvido.
Eu já tinha visto demonstrações do recurso AMBILIGHT, exclusivo das TVs
Philips, mas agora pude sentir em meu próprio ambiente. Para quem não sabe
(como eu até meses atrás) trata-se de um sistema de luzes na parte traseira da
TV que projeta para trás (na parede) luzes coloridas que combinam com as cores
das extremidades das cenas sendo mostradas naquele instante. Em uma sala
parcialmente escura o efeito é de extensão da tela para fora de seus limites. É
muito agradável. Esta TV testada tem uma das versões do Ambilight, nem é o mais
completo. Contém nas laterais um conjunto de leds (que mudam de cor)
apropriadamente. Há um modelo de Ambilight mais sofisticado que além de ter
mais leds nas laterais, tem também na parte superior. Mas mesmo no modelo
testado que tem a versão menos avançada do recurso a sensação de imersão é
bastante agradável e interessante.
O único comentário a fazer sobre o Ambilight é que em algumas situações cuja
cor das bordas da imagem tende para o marrom, os leds ficam verdes e destoam da
cenas. Essa cor (marrom) parece ser problema para esta versão dos leds
reproduzirem e por isso mostra o verde em seu lugar. Mas isso só me chamou a
atenção porque estou avaliando a TV. É improvável que um usuário comum perceba,
mas… minha obrigação é registrar.
Cabe comentar a qualidade da imagem. O brilho, contraste e nitidez da imagem é
algo que me impressionou sobremaneira! Imagens vivas, claras e muito reais. Alguns
atributos técnicos dessa TV são importantes:
- PMR (Perfect Motion Rate): imagem é exibida 480 vezes por segundo o que se traduz em percepção de cenas de ação muito realistas, fluidas e sem “saltos”.
- Resolução da Imagem: FullHD (1920x 1080 pixels) com Pixel Precise HD
- Brilho de 300 cd/m2
importa é a percepção do usuário. E no aspecto subjetivo eu gostei bastante da
imagem dessa TV.
Sobre o 3D
O consumo de conteúdo 3D ainda não teve o desenvolvimento que se esperava. Mas
há alguns filmes, por exemplo, no NET NOW, títulos em BluRay e mesmo jogos de
consoles como PlayStation que se valem deste ótimo recurso. Esta TV usa o sistema
passivo, ou seja, os óculos que devem ser usados para percepção do efeito não
usam energia própria, não precisam ser recarregados e por isso tudo são mais
baratos. A TV veio com 4 óculos, número bastante apropriado para uma família
média desfrutar do conteúdo 3D.
A primeira tentativa que fiz foi de imediato a mais “ousada”. A TV tem um
recurso de conversão 2D para 3D, ou seja, filmes, programas, eventos esportivos
que não foram transmitidos em 3D são “transformados” para reproduzir o efeito. Minha
expectativa era alta e fui positivamente surpreendido. É incrivelmente
competente a tal conversão artificial! Qualquer coisa passa a ser 3D. Há apenas
dois comentários. Eventualmente a conversão comete algum erro, como por exemplo
um logotipo bordado no boné de um esportista que “salta à frente” e fica
flutuando na frente do boné. É raro, mas acontece. Ou mesmo uma cena onde
existe um quadro na parede e a paisagem do quadro (que na vida real é bidimensional)
também fica em 3D. Também convém destacar que os óculos por serem semiescuros tiram
um pouco do brilho, mas sem comprometer.
O segundo teste foi em “3D real”, ou seja, aluguei no NET NOW títulos originais
em 3D. Isso me obrigou a configurar o tipo de 3D nas opções da TV. De fato o
efeito 3D é superior ao 3D simulado que a TV faz, principalmente mais preciso,
sem aqueles eventuais objetos fora de contexto. A experiência é bastante
parecida com o 3D que temos no cinema! Muito agradável e envolvente. Possivelmente
um Bluray FullHD 3D seja ainda mais impressionante. A TV está pronta para isso.
Cabe agora aos produtores de conteúdo disponibilizarem mais amiúde títulos para
que se desfrute dessa ótima experiência nas residências.
O terceiro cenário foi usando o PlayStation 3. Com 3D simulado, 3D real (jogos
com suporte a 3D) e “dual player”. As mesmas observações que fiz relativas a assistir
filmes em 3 dimensões (simulado ou real) se aplicam aos jogos. O que existe a mais
é o “modo de jogo de 2 jogadores”. Há jogos que duas pessoas podem se enfrentar
e para isso a tela é dividida, metade para cada um. Neste modo “dual”, cada
jogador usa seus óculos 3D, não para ter tridimensionalidade e sim para “filtrar”
a sua própria tela e assim poder usar a tela toda (e não metade). Cada jogador desfruta
de seu jogo na TV inteira e não em meia tela. Meus parceiros de testes, meus
filhos adolescentes de 13 e 16 anos gostaram muito da possibilidade.
O lado Smart TV
Há conexão ethernet (cabo) e WiFi para conectar a TV à rede e à Internet. Logo após
a configuração inicial apareceu o alerta de que havia atualização do software a
fazer. Não deu certo nas duas primeiras tentativas, mas em seguida funcionou e
agora a TV notifica que está 100% atualizada.
Acesso à rede tem várias outras funcionalidades além de sua própria
atualização. Na minha casa eu tenho servidor de mídia onde gravo meus filmes
favoritos. Pela rede pude ter acesso às pastas e usar os meus próprios títulos.
Além disso há serviços diversos como NETFLIX, Youtube, Band TV, Spotfy,… bem
como acesso às mídias sociais como Facebook, Twitter e até Skype para
comunicação (câmera opcional pode ser comprada para incrementar esta
funcionalidade).
SmartTV (clique para ampliar)
Nessa modalidade há também recurso para navegação na Internet. Como eu disse no
começo do texto, esta TV é um computador de entretenimento. Adicionalmente pode
ser instalado no smartphone (iOS ou Android) um aplicativo muito esperto que
muito facilmente descobre na rede WiFi a TV e passa a funcionar como um controle
remoto adicional. O usuário pode escolher se quer usar o controle que acompanha
a TV ou seu próprio smartphone. Muito prático.
Tem também sintonizador de TV digital, que testei brevemente com uma antena
interna UHF, que funcionou muito bem.
Sugestões de melhoria
Trata-se de um produto de alto nível e qualidade. Por isso mesmo merece
comentários sobre três pontos de possíveis melhorias:
- SOM: há um alto-falante de aspecto diferente na parte traseira da TV que é bastante competente para reproduzir o som, ainda mais considerando a espessura da TV. Já vi TVs não tão finas com o som muito ruim. Porém há espaço para melhoria. Pelas características do autofalante às vezes a reprodução da música de fundo fica muito alta e os diálogos muito baixos. O suporte me orientou a ligar ou desligar um recurso chamado “auto-nível”, mas não teve efeito. Um consumidor mais exigente com certeza vai preferir usar um “Sound Bar” ou conectar a TV a um Home Theater.
- CONTROLE REMOTO: quando a TV é ligada, muito rapidamente ela entra em ação e exibe o programa da TV a cabo, etc. Porém demora cerca de 15 a 20 segundos para que o controle remoto seja obedecido, seja para alterar o volume, seja para mudar a fonte da imagem (de HDMI1 para HDMI 2 por exemplo).
- TECLADOS VIRTUAIS: em diferentes pontos dos menus da TV há necessidade de digitação e para isso um teclado virtual. Alguns estão no formato “abcdefghijk…” e outros como teclados físicos “qwertyuiop…”. Isso causa certa confusão, pois ora tem que usar de um jeito e ora de outro jeito. Padronização ajudaria muito.