Roubo de Identidade – Mais uma vez de pessoas mortas
Noticia de hoje nos jornais: Descoberta fraude no INSS com uso de identidades dos mortos em acidentes aéreos.
Em 2007, logo após o acidente aéreo do avião da GOL em 2006, ocorreram fraudes realizadas com a utilização de documentos verdadeiros de vítimas daquele acidente. Aconteceu no comércio e em Bancos. Agora a Polícia Federal e o ministério Público identificou fraudes no INSS com pessoas se passando por parentes das vítimas, para receberem benefícios.
Além da fraude em si que é uma situação nada agradável, esta especificamente é triste por se aproveitar de uma situação dolorosa.
Roubo de identidades é e continuará sendo uma das fraudes mais procuradas pelos criminosos, pois, a partir do momento que se consegue passar por outra pessoa, fica mais difícil identificar o fraudador.
As organizações públicas e privadas precisam ter um rigor máximo quando se vai liberar algum benefício ou serviço. Não basta uma pessoa falar dados pessoais para conseguir produtos e benefícios. Tem que haver uma comprovação forte. As organizações têm que ser responsabilizadas se elas possuem controles frágeis na validação de identidade e o crime de falsidade deve ser rigorosamente punido, não basta algumas cestas básicas.
O início destes golpes começa com o acesso às informações pessoais. Mas, nem todas as informações pessoais de uma pessoa são secretas. Ao passar um cheque, já vai ?de graça? o número da identidade e o CPF do emitente. Normalmente se coloca o telefone e por ai vai. Com algumas consultas a sites abertos se consegue informações complementares. A situação facilita mais quando a pessoa coloca nas redes sociais e profissionais suas informações indicando mais locais onde os fraudadores podem complementar as suas informações.
O que fazer? Para de se comunicar com o mundo? Não dá! Mas do ponto de vista de cada pessoa, podemos andar apenas com o documento de identificação essencial. Atualmente, dento do território nacional a carteira de habilitação resolve todos as situações do dia a dia inclusive embarque aéreo. Cartões: leve um de cada vez na carteira. Cheques, carregue duas folhas. Pense em outras situações que você pode minimizar a disponibilização das suas informações.
Por outro lado as organizações devem manter um rígido controle interno. Em casos deste tipo, na grande maioria das vezes existe participação de pessoas internas da organização. Foi o que aconteceu neste caso com servidores do INSS.
Edison Fontes, CISM, CISA, CRISC, MSc
Núcleo Consultoria em Segurança
