Retomando o Blog: agora a Gestão Inovadora da TI

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4:24 pm - 01 de março de 2017

Salve, salve, salve, Pessoal.

Este não é o primeiro, nem o segundo Salve. Sim, é a terceira vez que reiniciamos nosso fórum aqui. Isto é motivo de grande satisfação para mim. Imaginem … em 2010 nosso assunto era Web Semântica. A partir de 2013, Arquitetura Corporativa. O mais incrível é que estes dois assuntos ainda são pautas atuais nas agendas da TI, mais precisamente, na inovação da TI.

Então, nosso fórum agora torna-se um conceito guarda-chuva, que abarca muitos outros assuntos: a Gestão Inovadora da TI. Acho que foi uma escolha acertada. E o que aconteceu comigo ao longo destes sete últimos anos? Muitas coisas. As duas principais foram a finalização do meu doutorado em Ciência da Informação e o início de uma empresa de desenvolvimento de Games com meus filhos (TDZ Games), que agora já convergiu para Realidade Virtual Mista. Nada mais inovador! Neste nosso fórum falaremos também sobre estes assuntos.

Então vamos lá! Nosso post de reinício do Blog falaremos um pouco sobre inovação, ciência e tecnologia.

Em quase todos os momentos, a ciência teve um importante papel no desenvolvimento tecnológico, mas nem toda tecnologia depende da ciência. No mundo clássico, a ciência pertencia à aristocracia dos filósofos. Já a tecnologia dizia respeito às atividades dos artesãos. A partir da idade média é que alguns filósofos propuseram a ideia de colaboração das duas disciplinas. Muito tempo se passou e a tecnologia da informação (TI) surgiu com um propósito inovador, como um conjunto de hardware, software e recursos da informática, utilizadas para otimizar o processo de criação, processamento, armazenamento e distribuição das informações, ou seja, informatização do ciclo de vida da informação. Claro, hoje em dia as aplicações da TI está presente em tudo da nossa vida cotidiana, desta forma é difícil delimitar fronteiras em que ela atua.

Vamos falar muito sobre inovação neste fórum, mas o que realmente é inovação? Antes, um importante documento, o Manual de Oslo, que está na 3ª. ed. (existem outros materiais importantes que remeteremos futuramente), diz que um produto tecnologicamente novo é um produto cujas características tecnológicas ou usos pretendidos diferem daqueles dos produtos produzidos anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas, ou podem basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos, ou ainda podem ser derivadas do uso de novo conhecimento. (Um exemplo: primeiros microprocessadores). Um produto tecnologicamente aprimorado (ainda conforme o Manual de Oslo) é um produto existente cujo desempenho tenha sido significativamente aprimorado ou elevado.

Um produto simples pode ser aprimorado (em termos de melhor desempenho ou menor custo) através de componentes ou materiais de desempenho melhor, ou um produto complexo que consista em vários subsistemas técnicos integrados. Pode ser aprimorado através de modificações parciais em um dos subsistemas. (Exemplo: introdução dos freios ABS).

Ah, o Manual de Oslo (Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica) é editado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – Hum, o Brasil não faz parte da OCDE, mas isto é outro assunto). O objetivo do Manual é orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de P&D (pesquisa e desenvolvimento) de países industrializados. E também oferecer diretrizes para a coleta e a interpretação de dados sobre inovação.

E o que o Manual diz sobre inovação: é a implementação de um produto, bem ou serviço, seja novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios na organização do local de trabalho ou nas relações externas .

Vamos complementar citando o Manual Frascati: inovação é a introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente ou contendo alguma característica nova e diferente da até então em vigor. Compreende diversas atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras, comerciais e mercadológicas. A exigência mínima é que o produto/processo/método/sistema deva ser novo ou substancialmente melhorado para a empresa em relação a seus competidores.

Faltou explicar o que é o Manual Frascati: no Brasil estamos na 6ª ed., mas já saiu a 7ª ed. em Inglês. O documento propõe uma metodologia para levantamentos sobre pesquisa e desenvolvimento experimental. Em outras palavras, define o que é Pesquisa Científica e a parametriza entre os países membros da organização com o intuito de propor boas práticas para a coleta e análise de dados estatísticos em projetos de P&D. O manual é bibliografia básica, pois, além de clarificar a teoria, é utilizado como referência na criação de leis e incentivos governamentais mundo afora.

Bem, foi preciso alinhar os conceitos para prosseguirmos. Ao longo dos posts vamos trazer os níveis de inovação (como a inovação destrutiva), P&D, leis de incentivos fiscais, e, claro, a muita Gestão Inovadora da TI, com assuntos de momento. No post sobre P&D mostrarei um projeto de grande porte que participei na Companhia de Energia Elétrica de MG – CEMIG.

Obrigado e até a próxima.

Zaidan

Referências

ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (ODCE). Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Brasília: 2005.

ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (ODCE). Manual Frascati. Brasília: 2002.

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