Qual será o perfil do profissional no futuro pós-covid?
O covid-19 marcou a história global de uma tal forma que o Antes Covid-19 (novo AC) é bem distinto do Depois Covid-19 (novo DC).
No momento somos todos Novatos por conta de um novo contexto social e econômico e alguns, mais do que outros, estão mais maduros em relação às tecnologias que nos suportam neste contexto.
Portanto, para começar é fundamental flexibilidade para adaptação a mudanças – não há tempo nem espaço para resistências, concorda?
Mas ser flexível não basta, é importante desenvolver a resiliência evolutiva, que não só nos permite lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, “voltando ao estado original”, mas voltar melhor do que se era, atendendo assim ao propósito essencial de todo ser humano: ser hoje, melhor que ontem e amanhã melhor que hoje.
Para isso, autoliderança é a competência que fará a diferença – por meio dela nos autoconhecemos (quem se é, como se é visto, onde se está e onde se deseja chegar), nos autodesenvolvemos e nos autogerenciamos na busca de seus objetivos.
E para alcançar seus objetivos, uma boa comunicação, a facilidade para o relacionamento interpessoal, o equilíbrio e controle emocional – habilidades já tão demandadas no AC, se somarão a habilidades que ganham relevância no DC: a criatividade, o pensamento crítico, a tomada de decisão e a disciplina.
Dado que o mundo digital requer interações distintas, precisamos, necessariamente ir além das soluções do passado, com criatividade; avaliar os desafios questionando “as verdades”, suspendendo opiniões e trabalhando em cima de dados (pensamento crítico); tomando decisão (qualquer decisão é melhor do que nenhuma) e tudo isso com a disciplina de quem faz acontecer – com foco, persistência, organização e determinação.
Todavia para fazer acontecer é preciso agir com senso de urgência apurado e recapacitação contínua (reskilling). Precisamos “aprender a desaprender”, abandonando velhos hábitos, crenças e valores e entrando no papel de um eterno aprendiz, o lifelonglearner.
Agora, de nada servirá tudo isso se não exercitarmos o que a pandemia mais nos ensinou: humanidade !
Sim, a capacidade de ouvir verdadeiramente o outro, avaliar uma situação pela perspectiva e repertório do outro, ser afetuoso, solidário e humilde.
Sermos humanos antes de profissionais é um bom começo, não é mesmo?
Vamos nas próximas semanas desenvolver este perfil usando autocoaching e automentoria.