Qual o futuro dos meios de pagamento?

O comportamento dos consumidores mudou muito nos últimos tempos, principalmente após a pandemia de Covid-19. O mundo como um todo passou por inúmeras transformações, e assim as marcas tiveram que se reinventar e criar estratégias assertivas para atender esse novo perfil de público de forma personalizada.

Para tanto, o setor varejista passou a adotar soluções tecnológicas para otimizar o atendimento, aumentar os canais de comunicação, melhorar o controle de estoques, automatizar processos e até mesmo os meios de pagamentos sofreram mudanças significativas de uns anos para cá.

A digitalização dos serviços que atendem o varejo foi uma das responsáveis por essa grande transformação e fez com que hábitos que antes eram muito utilizados passassem a ser considerados como arcaicos. É o que mostra o estudo feito pela consultoria PwC, que aponta que até 2025 as transações sem dinheiro em espécie devem aumentar mais de 52% na América Latina.

Seguindo essa tendência, temos visto o surgimento de inúmeras soluções financeiras atreladas a tecnologia, como é o caso das carteiras digitais, PIX, transações contactless, NFC, Bitcoins, tokenização, link de pagamento e QR Code. Essas inovações ficaram ainda mais evidentes após a pandemia.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Sebrae mostra que 70% dos entrevistados preferem utilizar o Pix durante as transações financeiras, sendo assim o 2º mais utilizado no Brasil. Dentre as principais justificativas dos usuários estão a rapidez e praticidade (83%), mínimo contato físico com equipamentos ou mãos (34%) e segurança (32%).

Outro fator relevante é que dentre os consumidores que preferem utilizar cartão e carteiras digitais, 59% desses afirmaram que já fizeram pagamentos por aproximação, devido a sua praticidade, comodidade e segurança. Já a pesquisa feita pela Juniper Research em 2021 mostra que mais de 4,4 bilhões de pessoas vão adotar as carteiras digitais até 2025.

Mas, antes de dar as suas apostas sobre quais os meios de pagamento que serão tendência nos próximos anos, é importante entender as diferenças que existem entre cada um deles e as suas particularidades. No caso do QR Code, é possível efetuar os pagamentos por meio da leitura de um código na câmera do celular. Já o pagamento via Near Field Communition (NFC), que é muito parecido com o QR-Code, é feito por meio da radiofrequência.

Além delas, podemos destacar também o pagamento por selfie a partir do reconhecimento facial; o uso da biometria pode ser usado em diferentes negócios e por fim o Pix (Pagamentos instantâneos), que vem causando uma grande revolução pois pode ser feito a qualquer hora, para todos os bancos de maneira rápida e prática sem que haja a cobrança de tarifa. Por conta dessas vantagens, tem sido utilizado por grandes empresas e por comerciantes e lojistas de todos os tamanhos que atuam em diferentes áreas.

Esses insights comprovam que está surgindo uma nova era no que se refere aos meios de pagamentos, pois cada vez mais as instituições financeiras vão buscar por soluções que se adequem às necessidades de cada cliente, oferecendo assim um atendimento personalizado e customizado.

Acredito que essas inovações não vão parar por aí, com certeza surgirão muitas outras soluções tecnológicas a fim de proporcionar mais facilidade e agilidade para o dia a dia das pessoas e principalmente quebrar barreiras e fazer com que os consumidores consigam efetuar pagamentos em todos os dispositivos por diferentes lugares, sem nenhuma fricção e dificuldade. Fique de olho nas novidades que virão nos próximos anos para sair na frente da concorrência. Aposte nisso!

*Gustavo Caetano é fundador da Sambatech e da Samba Digital