Por que as startups estão mudando a realidade de negócios

A relevância que as startups vêm ganhando no ambiente de negócios

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por IBGC
1:41 pm - 15 de junho de 2020
startup startup

O mundo está mudando mais rápido e em ciclos mais curtos, as startups estão cada vez mais protagonistas nessas mudanças e os fatos estão aí para comprovar. Desafio vocês, leitores, a encontrarem alguém em seu grupo de relacionamento quem não tenha lido a respeito ou participado de algum evento (ou live, nos tempos de Covid-19) envolvendo empresas startups e scale-ups.

Quando falamos em inovação, fazemos uma associação quase que imediata a esses modelos de empresas. Isso acontece porque estamos passando por uma evolução natural dos modelos de desenvolvimento de negócios. A fase de industrialização, grande impulsionadora do desenvolvimento do século passado, em seu final mostrou-se insuficiente. Faltava algo para mudar o patamar da discussão: a Tecnologia da Informação.

Empreendedores sempre existiram. A diferença que vemos nesses últimos anos são eles buscando quebrar as lógicas conhecidas, daí o termo disruptar, que nada mais é do que a descontinuação de um processo já estabelecido.

As empresas como as conhecemos vêm buscando evolução e inovação prioritariamente nas suas áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Este é, ou era, o modelo conhecido e aplicado.

No segmento de TI, elas quebraram esta lógica criando organizações independentes e autônomas com enorme grau de liberdade dentro de seus negócios que, utilizando tecnologia e informação em abundância, passaram a tentar resolver os grandes problemas.

É aí que as startups ganham relevância e visibilidade e que voltamos ao início da nossa conversa. Elas vieram para ficar nos novos modelos de desenvolvimento de negócios porque têm vantagens que as grandes organizações não conseguem superar. Começam pequenas, a partir de uma ideia que busca resolver um ou mais problemas de negócio. Iniciam, em sua grande maioria, com pouco capital. Desde pequenas, aprendem que só vão receber aporte adicional de terceiros se provarem que estão evoluindo e no caminho certo para solucionar o problema inicial, de uma forma pouco convencional e disruptando processos estabelecidos.

As grandes organizações estão buscando oxigenar suas áreas de P&D incubando e/ou acelerando direta ou indiretamente as startups, com estruturas próprias ou de aceleradoras de mercado. Mesmo ainda no estágio das ideias, estas demandam competências de seus fundadores equivalentes às de empresas maduras, em especial no que diz respeito a governança, cujos princípios básicos – transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa – se fazem presentes já nessa fase.

Nos próximos artigos, vou abordar as fases pelas quais as startups avançam conforme crescem e que aspectos da governança devem ser considerados.

* Giancarlo Berry é membro da Comissão de Startups e Scale-Ups do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)

Este artigo é de responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do IBGC

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