PIX é uma das expressões do potencial e do apetite do Brasil por inovação

O presidente do Banco Central revelou recentemente que 40 milhões de pessoas fizeram sua primeira transação eletrônica na vida usando o PIX. O feito, que há algum tempo chamaria a atenção, é apenas mais um dos alcançados pelo sistema de pagamentos instantâneos brasileiro neste quase um ano de operação. E os números envolvendo o PIX são realmente impressionantes: mais de 102 milhões de consumidores e 7 milhões de empresas haviam se cadastrado até setembro, enquanto cerca de 870 milhões de transações foram realizadas no mês.

Para além disso, novos serviços e produtos continuam sendo desenvolvidos para potencializar ainda mais a iniciativa. O PIX Saque e o PIX Troco, por exemplo, estarão disponíveis a partir de 29 de novembro. O  primeiro possibilitará aos clientes de qualquer participante do PIX realizar saque em um dos pontos que ofertar o serviço, tais como estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos (ATMs) compartilhados e os próprios participantes, por meio de seus ATMs próprios. O segundo seguirá dinâmica parecida, com o saque de recursos em espécie ocorrendo com a realização de uma compra no agente de saque. 

Demonstrando um fôlego que parece inesgotável para evolução, o PIX é hoje uma das expressões da inovação que vem ocorrendo no sistema financeiro nacional, derrubando barreiras e apresentando novas possibilidades por meio da tecnologia. Em breve, o mesmo tende a acontecer com o Open Banking, que no próximo dia 29 deste mês entra em sua terceira fase, integrada ao PIX — com ela, usuários poderão fazer pagamentos por meio de aplicativos que não sejam do banco no qual registraram sua chave. 

Infraestrutura que funciona como um canal para inúmeras aplicações, o Open Banking abrirá uma série de possibilidades que ultrapassam o compartilhamento de dados entre instituições financeiras e  clientes. Possibilidades essas ainda impensadas como já foi um dia imaginar ser possível realizar uma transferência em poucos segundos, de forma gratuita, a qualquer hora do dia e da noite, durante toda a semana, entre instituições diferentes. 

PIX, Open Banking, Credit as Service, Embedded Finance, Real Digital e tantas outras novidades que vêm se estabelecendo ou despontando no segmento, juntamente com o amadurecimento das fintechs de crédito, com ampliação de serviços e ofertas, pavimentam um caminho promissor e sem volta para o sistema financeiro do país. 

Analisando apenas o setor de crédito, toda a disrupção trazida pelos novos agentes já resulta em produtos mais adequados aos consumidores, criando um ambiente mais inclusivo, eficiente e sustentável. Com o avanço de todas as inovações que surgem diariamente no horizonte, estamos testemunhando uma revolução nos moldes da provocada pela Internet, que desde seu surgimento não deixou um só dia de se reinventar.