Os novos rumos do consumo corporativo de Tecnologia da Informação

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3:05 pm - 13 de abril de 2017

Desde 2010, temos uma parceria com a ITData, com o objetivo de realizarmos, anualmente, uma análise mais profunda e estruturada do segmento de Distribuição de TI.

Como fruto dessa iniciativa, são produzidos dois estudos bem relevantes para o nosso negócio: O Estudo Setorial, no qual são entrevistados os associados da ABRADISTI e outros Distribuidores, atuantes no mercado, porém que ainda não fazem parte do quadro de associados. O principal resultado desse estudo é um mapeamento, muito realista, da performance do setor. O outro estudo foi batizado de Censo das Revendas, é e por meio dessa pesquisa que conseguimos identificar e analisar as tendências no negócio de nossos clientes. Nesse ano de 2017 foram ouvidas quase 2.000 revendas, espalhadas por todo o Brasil.

Como complemento qualitativo desses dois trabalhos, a IT Data entrevista 1500 empresas de médio e grande porte, atuantes nos mais diversos segmentos da economia e em escala nacional. E são os resultados dessas entrevistas, que achei muito enriquecedores, que estou compartilhando nesse Blog.

Perguntados sobre quais os itens mais importantes da agenda de tecnologia para 2017, os entrevistados responderam: BI, Cloud Computing, Mobilidade, IoT, Soluções de Teletrabalho, Qualificação dos funcionários de TI e Big Data.

Essas respostas dão uma indicação inequívoca de como as empresas estão alinhadas com as tendências tecnológicas, e como esse alinhamento vai influenciar a forma como serão feitos negócios, no universo do consumo corporativo.

Outra resposta muito importante, retrata como os entrevistados deverão distribuir as despesas e investimentos em seus orçamentos com Tecnologia da Informação:  15% serão utilizados para aquisição de hardware; outros 15% para aquisição de software; 11% serão utilizados com aquisição de soluções de telecomunicações, 6% com utilização de soluções de Cloud Computing; 18% com serviços profissionais e outsourcing; e, os restantes 35% serão utilizados com despesas internas.

Dos 1500 entrevistados, 39% responderam que não farão investimentos em 2017, devido à falta de recursos; 15% responderam que reduzirão investimentos em servidores e storage, pois estão implantando soluções de Cloud Computing para substituí-los; 26% dos entrevistados já fizeram investimentos em modernização e atualização tecnológica nos últimos 12 meses; 21% farão investimentos em aquisição de hardware e software em função da base instalada desatualizada e; 21% responderam que vão ampliar a infraestrutura em função do crescimento da empresa.

Quando perguntados especificamente sobre a utilização de Cloud Computing em 2017, 34% dos entrevistados responderam que começarão a utilizar alguma solução de Nuvem Pública; 21% começarão a utilizar soluções de Nuvem Híbrida; e, 11% começarão a utilizar soluções de Nuvem Privada.

67% dos entrevistados esperam que os investimentos em TI ajude a reduzir custos, enquanto 42% vão investir em projetos que tragam aumento de competitividade e/ou vendas. Apenas 3% responderam que esperam que os investimentos em TI ajudem a aumentar as exportações.

Outro dado, muito interessante, e que merece ser compartilhado e a análise do comportamento do mercado de Tecnologia da Informação.

O Estudo trouxe indicadores que demonstram que a expectativa para 2017 aponta que 46% das receitas de TI do mercado brasileiro serão provenientes da venda de serviços; 35% da venda de hardware; e 19% da venda de software.

Como costumam dizer os americanos, essas informações são food for thought (motivo para reflexão), já que colocam na mesa importantes vetores para o planejamento estratégico dos distribuidores e canais que atuam no ecossistema de vendas de produtos e serviços de tecnologia da informação e comunicação.

*Mariano Gordinho é Diretor Executivo da ABRADISTI – Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação

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