O conceito de People as a Service e o seu papel na transformação digital

Modelo oferece a possibilidade de trazer pessoas com experiências e conhecimentos diferentes, que agreguem aprendizados para o resto do time

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10:02 am - 14 de setembro de 2021

Com o avanço das tecnologias e das estratégias de inovação dentro das empresas, surgem também novos conceitos e soluções com grande potencial. Antigamente, quando uma companhia precisava resolver algum problema ou implementar um novo sistema, havia todo um processo burocrático para levar a ideia adiante, que envolvia elaborar uma apresentação, convencer a equipe, produzir um planejamento, conseguir verba, verificar se havia a necessidade de contratar novos profissionais que pudessem ajudar aquele projeto específico e partir para o processo seletivo, o que levava muito tempo.

Porém, ocorreram diversas transformações no modelo de trabalho nos últimos anos, e mais recentemente aceleradas pela pandemia de covid-19, que fez com que novas habilidades tivessem que ser aprendidas de forma mais rápida e que as companhias passassem a adotar diferentes produtos e soluções de maneira mais ágil e eficiente.

Acompanhando essas mudanças no esquema de trabalho e na gestão dos negócios, vimos as companhias se abrindo para o mercado com a intenção de contratar os melhores profissionais e serviços. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o déficit de profissionais na área de tecnologia pode chegar a 260 mil, até 2024.

E foi aí que surgiu com mais força o conceito de People As a Service (“pessoas como um serviço” em tradução livre), que nada mais é do que a possibilidade de contratar um time ou colaborador de uma organização que trabalhe com esse modelo e que tenha as habilidades necessárias para desenvolver um projeto ou job específico que você almeja dentro da sua instituição.

Portanto, já não é mais necessário ter todo o desgaste de procurar novos profissionais, pois pode-se “pegar emprestado” as competências apenas para determinada tarefa. E ainda que o conceito seja semelhante ao modelo de outsourcing, a diferença é que essa preferência não está apenas visando a terceirização com foco em reduzir os custos da operação, mas sim em obter uma equipe mais qualificada e com aptidões diferenciadas e que ainda não fazem parte do capital intelectual da sua empresa.

Entre as várias vantagens desse modelo, a possibilidade de trazer pessoas com experiências e conhecimentos diferentes, que agreguem aprendizados para o resto do time, traz ganhos imensuráveis. Outro ponto importante é que essa contratação de colaboradores específicos para dar andamento em determinado projeto resulta em uma jornada mais produtiva e ágil, já que há o foco total direcionado àquela tarefa específica.

E isso tem um papel fundamental na jornada de transformação digital dentro das companhias, que estão precisando se reinventar e oferecer melhores condições de trabalho e soluções mais efetivas para os seus consumidores. Hoje em dia, já não basta continuar a repetir a fórmula que levou aquele negócio ao sucesso, pois os tempos são outros e as demandas têm mudado com uma frequência maior. É preciso ir além, compreendendo que a arte de inovar vem do entendimento de que é na simplificação que entregamos os melhores resultados.

*Gustavo Caetano é CEO e fundador da Sambatech e Samba Digital

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