Moto Z Play, campeão em autonomia de bateria e versatilidade
Recentemente testei o modelo de topo da geração Moto Z e contei isso no texto “Moto Z Snaps smartphone premium – a concretização de uma boa ideia!”. O Moto Z Play tem exatamente o mesmo DNA de seu irmão um pouco mais luxuoso. Seu design é muito parecido, embora um pouco mais grosso por causa da bateria maior. Tem o mesmo conceito de “snaps”, os acessórios que são encaixados magneticamente no smartphone. Dessa vez eu recebi para testes o snap com a câmera Hasselblad, um show de recursos da qual falarei mais para a frente neste texto. Outros snaps eu avaliei no teste anterior do Moto Z já citado (bateria, caixa de som e o incrível projetor).
figura 02 – autonomia da bateria usando o aplicativo Waze
figura 03 – Moto Z Play como snap de capa (vermelha)
Autonomia da bateria a melhor dentre todos smartphones que testei!
Estraguei a surpresa com este título, mas era necessário!! Pronto, falei! Já faz um tempo que dedico pelo menos 3 semanas do meu teste de smartphone apenas a avaliação da bateria. Desenvolvi uma metodologia própria que venho usando há tempos e assim posso seguramente comparar os resultados.O Moto Z Play foi até agora, entre os smartphones que testei o que apresentou a melhor autonomia de bateria nestas condições de uso!! Superou o recém testado Asus Zenfone 3 que até então ocupava para mim este posto. O Moto Z Play entrega em média 21 horas e 50 minutos de duração!!!!
Impossível não ser atendido nessas condições, fantástico!! Aliás, no teste com o Moto Z usando o snap de bateria auxiliar obtive autonomia parecida, mas não considerei, pois o snap não faz parte da configuração padrão (e também pode ser usado no Z Play). O ótimo SoC da Qualcomm, o Smartdragon 625, que é bem eficiente e o conjunto de medidas de economia de energia presentes permitiram este ótimo desempenho da bateria.
Eu eu jamais precisei de cargas adicionais durante o dia! Mas imagine que seu perfil de uso seja muito mais intenso que o meu, que você possa exaurir a carga na metade do tempo, o sistema de carga rápida vai ajudá-lo a ter algumas horas a mais com pouco tempo de tomada. Com os números que obtive no teste, são mais 4h10m com apenas 15 minutos de recarga!
Fundamento meu teste de autonomia em algumas situações distintas. Algumas são apenas para referência e comparação com outros smartphones.
Standby: aparelho ligado, mas sem usá-lo de forma alguma, porém recebendo mensagens, emails, conectado à rede 3/4G ou WiFI. Nesta situação o Moto Z Play permaneceu 225 horas até esgotar sua bateria, mais de 9 dias!!
Youtube: o segundo cenário é de uso contínuo de Youtube. O mesmo vídeo sendo reproduzido ininterruptamente (via WiFi), tela sempre ligada, nível de brilho perto de 60%. Nesta função o Moto Z Play permaneceu ativo por mais de 13 horas.
Gravação de vídeo: O terceiro cenário é da função de filmagem na resolução 1980×1080 (full HD), tela sempre ligada, imagem sendo continuamente capturada e gravada. Descobri ser esta a situação que mais estressa a bateria do Moto Z Play, na qual ele em teoria seguraria a gravação de vídeo por 7 horas. Disse em teoria porque durante o teste, após 32 minutos a gravação se encerra automaticamente. Precisei ficar atento e retomando a gravação para concluir este teste. Talvez algo que seja alterado/corrigido em alguma atualização a ser feita pela Lenovo/Moto.
Waze: trata-se do uso contínuo do aplicativo de navegação por GPS e identificação das rotas mais eficientes. O Moto Z Play consegue manter o Waze funcionando em média por 10 horas e 6 minutos. Falo “em média” porque há tempos já sei que o ritmo de consumo da bateria nesta situação depende do trajeto, da temperatura, se há incidência de sol no smartphone, etc. Capturei os dados de 16 viagens que mostro no gráfico abaixo. Raros são os smartphones que chegam a 5 horas de autonomia neste rigoroso teste!! Seu irmão Moto Z entrega 5 horas e 25 minutos neste teste. Há smartphones que mal chegam a 3 horas. O Moto Z Play de novo triturou este recorde dentre os meus testes, um comportamento magnífico sob Waze!
Carga da bateria: também julgo muito importante o tempo de carga da bateria, caso tenha sido esquecido de carrega-lo de um dia para o outro, o Moto Z Play ganha aproximadamente 1.3% de energia a cada minuto. Levou 1h e 18 minutos (78 minutos) para a carga total, com ele ligado (mas sem usar). Vendo de outra forma, uma carga de 40 minutos confere autonomia extra de mais de 11 horas (!!!!) no regime “misto” que eu o submeti (quase 22 horas de autonomia total). Ou mais de 5 horas e meia com apenas 20 minutos de carga. O que você acha? É fantástico!!
Uso real: o cenário que julgo mais importante é mesmo o “uso natural” do smartphone, no qual por pelo menos 3 semanas adoto o aparelho como meu único dispositivo do dia a dia, todos meus aplicativos, redes sociais, 4 contas de email, whatsapp, fotos, vídeos, etc. Há uma boa variabilidade na autonomia. Nos dias testados, obtive uma vez mais de 24 horas de uso contínuo e no pior caso 18 horas e meia, média de 21 horas e 54 minutos. Avalio smartphones há um bom tempo e meu padrão de uso não tem mudado. Por isso é para mim referencial para comparações e por isso atesto que até agora, nenhum smartphone foi tão bem neste teste.
Mas o que julgo mais importante é destacar que estas quase 22 horas de autonomia média reflete o MEU PADRÃO de uso que com certeza não é igual ao do leitor. Posso ser mais comedido ou posso ter um modelo de uso mais intenso em relação a quem está lendo este texto. Por isso que gosto de mostrar a tabela acima. Ela ilustra o que eu fiz a cada dia com o smartphone. Não por acaso o dia que teve maior consumo foi o que teve maior percentual de uso de tela, 31% do tempo acesa (307 minutos). Há dias com maior uso de GPS/Waze, há dias sem Waze, com fotos, chamadas de voz, etc.A forma de coleta de dados que utilizei foi muito simples, um pouco trabalhosa, mas simples. A cada dia registrava a hora que começava o uso, a partir de 100% de carga. No final do dia aferia o percentual usado e pelo tempo decorrido podia inferir o tempo total que teria durado a bateria naquele dia. Abaixo mostro algumas telas que exemplificam isso.Neste particular dia comecei a usar o Moto Z Play um pouco antes das 7:00 e encerrei o uso às 22:33 tendo consumido 63% da carga (sobrando 37%). Neste dia a tela consumiu a maior parte da energia, seguida pelo.
Também apresento os testes “isolados” (Youtube, standby, Waze, gravação de vídeo) para que dessa forma o leitor com estas informações todas possa, de uma certa forma, inferir como o Moto Z Play seria adequado ou não para sua utilização. Não sei se existe smartphone cuja autonomia seja melhor. Se existe, ainda não passou pelas minhas mãos. Tenho grande curiosidade para testar o Zenfone 3 Max e outros smartphones com grandes baterias (4000 mAh) ou mais, que prometem duração de bateria ainda maior. Será que baterão o Moto Z Play??!!
A câmera fotográfica do Moto Z Play e câmera do snap Hasselblad True Zoom
Existem diferenças entre a câmera do Moto Z e do Moto Z Play em termos de especificações. Usam sensores diferentes. O Z Play tem resolução da sua câmera traseira de 16 MP enquanto o Moto Z captura fotos a 13 MP. Mas por outro lado a sensibilidade à luz do Z Play é um pouquinho menor (menos sensível), confirmado por suas especificações de abertura f/1.8 e f/2.0.
Mas querem saber de uma coisa? No uso comum dessas câmeras, o que mais se faz no dia a dia, as diferenças são mínimas, se é que existem. Apenas em locais mal iluminados que o Moto Z é um pouco melhor que o Z Play. Ao menos subjetivamente é isso que percebi, atento que sou às capacidades das câmeras e qualidade das fotos. Vou exemplificar isso com algumas fotos que tirei com o Moto Z Play em algumas condições diferentes. Vocês verão que no geral ele e seu irmão mais nobre desempenham muito bem a função.
A foto abaixo é em teoria a mais fácil para qualquer smartphone, pois há luz em abundância. Mas não raro algum sensor ótico pode interpretar as cores de forma pouco natural. Não o Moto Z Play. Cores vivas e naturais, fiéis ao que eu observei neste dia.
figura 16 – foto noturna – prova de fogo para qualquer smartphone (clique para ampliar)
figura 16b – foto noturna – ampliação mostrando certo nível de granulação (normal)
Como se diz, uma imagem vale por mil palavras! Não há dúvida alguma de que zoom com grande aproximação e qualidade tem que ser ótico. Mas não pense você que apenas em situações extremas assim, planos muito distantes que o zoom verdadeiro é útil. Usei o Moto Z Play com o snap Hasselblad True Zoom em uma grande sala de apresentações para capturar os slides sendo mostrados, algo que pelo tamanho da sala e minha distância da tela, ficaria ilegível usando apenas zoom ótico.
Em resumo, a câmera do Moto Z Play é muito boa. Apenas em cenas com menor iluminação ela perde definição em relação à câmera do Moto Z. E se fizer parte do dia a dia do usuário precisar de grandes aproximações, poder contar com o snap Hasselblad é fantástico. Este snap custa vendido à parte R$ 1499, mas se comprado com o Moto Z ou Moto Z Play pode custar apenas R$ 999.
ConclusãoA despeito das diferenças de hardware existentes entre o Moto Z e o Moto Z Play, a diferença na usabilidade é pequena, se é que existe. Diferença mesmo é o peso do Moto Z Play que é maior, mas mesmo assim de uso bastante agradável. O peso extra é fundamentalmente devido à bateria que é maior, muito maior. E isso faz uma grande diferença.
A Lenovo/Moto em seu material de divulgação fala em duração de bateria de 45 horas. Isso não se confirmou em meu teste. Mas a autonomia da bateria do Moto Z Play é a maior dentre todos os smartphones que eu testei, um verdadeiro recorde a espera de que outro smartphone venha quebrar. Até meu teste anterior era do Asus Zenfone 3 este recorde. Em meu regime de uso comum obtive quase 22 horas de duração da bateria, uma verdadeira tranquilidade, afastando o usuário das tomadas definitivamente ao longo do dia todo. Ainda assim sua bateria é carregada completamente em pouco mais que uma hora e 15 minutos. E uma carga de 20 minutos traz para o Moto Z Play autonomia adicional de quase 6 horas segundo o minha avaliação.
Sua câmera fotográfica é muito boa, tanto na sensibilidade como no registro das cores, fidelidade e precisão. É capaz de boas fotos com baixa iluminação, mas o Moto Z é um pouco melhor por sua lente com abertura f/1.8. O snap Hasselblad True Zoom é ótimo, indicado principalmente para quem no dia a dia necessita mesmo de aproximações intensas sem perda de qualidade e que precisem editar as fotos no formato nativo (RAW) das imagens (sem perdas por compressão).
O Moto Z Play, mercadologicamente rivaliza com o Asus Zenfone 3 diretamente, casualmente o último review que publiquei. Ambos têm ótimas qualidade. O snap é um diferencial. Quem prefere uma interface mais simples (Android puro), também tem no Moto Z Play sua escolha. Mas definitivamente a duração da bateria é para mim sua melhor qualidade. Quem quiser um pouco mais de estilo, leveza e câmera melhor, opte pelo Moto Z. Mas quem quiser uma opção mais em conta o Moto Z Play é uma opção muito boa também. O Moto Z Play tem preço sugerido de R$ 2.199, mas pode ser encontrado no varejo por R$ 1.799 à vista ou R$ R$ 1.999 parcelado.
Moto Z Play – o campeão em autonomia de bateria e versatilidade
Moto Z Play – a melhor autonomia de bateria dentre todos smartphones
Moto Z Play – análise da câmera fotográfica e snap Hasselblad True Zoom