Huawei ajudando a viabilizar as cidades digitais

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10:53 pm - 31 de agosto de 2015
O que você pensa quando ouve a expressão “cidade digital”? Parece algo simples,
mas o conceito é muitas vezes mal compreendido. Não se trata de um conceito
óbvio. Não deve ser visto apenas como haver muita oferta de conectividade.
Passa por este ponto, mas é bem mais do que isso. 

Tive a oportunidade de conhecer mais de perto o caso da cidade Águas de São
Pedro que é um excelente exemplo deste conceito. A convite da Huawei, empresa
focada em soluções amplas de conectividade, pude conhecer um pouco mais sobre
este tipo de solução e reconheço que mudou bastante minha forma de ver o
assunto.

São Pedro é um lugar bastante especial e por isso mesmo um ótimo laboratório
para implementar estas tecnologias de forma mais intensa.  São suas principais características: distante
187 Km de São Paulo (24 Km de Piracicaba), 3005 habitantes (dado atual – agosto
2015), 742 habitantes por quilômetro quadrado, IDH 0,908 (2º melhor de SP e do
Brasil – atrás apenas de São Caetano do Sul), PIB de R$ 18 mil por pessoa, área
de 3,46 Km2, tem somente Zona Urbana e seu relevo consiste de colinas baixas e
suaves sendo 56% de áreas verdes. Estas características todas fizeram de Águas
de São Pedro a primeira cidade 1ª cidade 100% digital do Brasil.

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Nesta cidade há uma excelente cobertura de sinal de telefonia móvel, como se
poderia esperar de uma cidade dita conectada. Mas a camada superior, ou seja,
as aplicações estão cada vez mais disponíveis. Os mais de 600 alunos da rede
escolar da cidade têm seu dispositivo móvel (tablet) para acesso à rede e
atividades escolares. Os pais têm acesso ao histórico tanto acadêmico quanto
disciplinar na ponta dos dedos. Os alunos ao chegarem ao saírem da escola os
pais são avisados por mensagem eletrônica bem como no caso de incidentes
disciplinares.

Os cidadãos têm acesso a serviços de interesse público, consultas, agendamentos,
etc. Os moradores, bem como os turistas, que nos finais de semana vêm em
quantidade visitar a cidade, têm acesso a um interessante sistema de
estacionamento inteligente. Uma vez instalado um aplicativo no smartphone a
pessoa saberá onde estacionar seu automóvel na cidade. Sabe aquele sistema de
luzes indicativas de vagas, muito popular em Shopping Centers das grandes
cidades? Pois é, em Águas de São Pedro as luzes ficam no chão, delimitando cada
vaga e sensores conectados informam aos moradores e visitantes pelo aplicativo a
disponibilidade das vagas.

Além disso, até pelo fato da cidade não ser tão grande, existe uma central de
monitoramento que dispõe de câmeras ao longo de toda a cidade. As imagens estão
disponíveis em tempo real e gravações de horas ou dias atrás podem ser
consultadas. As câmeras têm sistema de movimentação, rotação e zoom, bem como
têm sensibilidade de visão noturna. O sistema de iluminação da cidade é
inteligente. Algumas áreas têm iluminação reduzida para poupar energia após
certo horário ou pela não presença de pessoas no local. As lâmpadas são
administradas uma a uma em função de sua vida útil e tempo de utilização com
previsão de trocas programadas. Existe também mapa turístico digital interativo
(aplicativo) e o WiFi público está em processo de implantação. Todas as pessoas
da cidade já estão identificadas por sistema biométrico e todas já têm seu
prontuário médico digital. São apenas algumas funções dessa alvissareira comunidade
digital…

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Em resumo, o conceito de cidade conectada está 100% relacionado com prestação
de vários serviços e não apenas permitir que pessoas se conectem à rede. E foi
isso que observei em Águas de São Pedro. Trata-se de uma iniciativa conjunta da
prefeitura e algumas empresas que em maior ou menor grau apoiam a iniciativa. A
TELEFONICA VIVO é uma das colaboradoras no aspecto de conectividade e
implantação de aplicativos. A Huawei é outra parte deste quebra cabeças
trazendo também soluções específicas de conectividade, câmeras de segurança, etc.

Depois de ver isso tudo eu me questionei sobre a viabilidade de estender este
modelo para cidades maiores e muito maiores, metrópoles como São Paulo e outras
capitais do Brasil. Em teoria o modelo se aplica, mas é muito difícil escalar a
solução com o nível de qualidade que existe em Águas de São Pedro. Mas este é o
objetivo.

Há necessidade de soluções diferenciadas de Comunicação. Seja na
infraestrutura, seja nos recursos usados pelos usuários. Tecnologia sozinha não
transforma uma cidade. A cidade inteligente nasce da colaboração dos
governantes com o cidadão. Deve haver a criação de um ecossistema coordenado,
cooperativo com base nas políticas e planos e que gera novas oportunidades de
crescimento e desenvolvimento para todos.

Para ter tudo isso funcionando há a necessidade de um vasto conjunto de
tecnologias, das mais conhecidas até algumas menos conhecidas. Vou dar um
exemplo. A Huawei dispõe de uma solução de sistema portátil de rede 4G para uso
privativo. Essencialmente trata-se de uma rede idêntica à 4G das grandes
cidades, mas de uso “interno” que pode ser usada por prestadores de serviços,
pela municipalidade, sistemas de segurança ou mesmo empresas para comunicação
fim a fim, seja de voz ou de dados (com possível gateway para a Internet).

Mas porque esta discussão é importante? Um interessante estudo sobre nível de
conectividade dos países mostra que o grau de desenvolvimento sócio econômico depende
do grau de maturidade desta tecnologia. Existe inclusive um “Índice Global de Conectividade”, uma metodologia
de análise desenvolvida pela Huawei que auxilia visualizar o grau de maturidade
digital e conectividade e ajuda a balizar o grau de desenvolvimento, conquistas
econômicas e sociais. Um pouco mais sobre este assunto pode ser visto em http://www.huawei.com/gci .

Apenas para citar um dos importantes pontos, o estudo mostra que a elevação de
apenas um ponto no referido índice de conectividade é capaz de elevar entre
1.4% e 1.9% o PIB do país! Sem querer polemizar, alguns podem questionar se não
é um caso de “Síndrome de Tostines” (vende mais porque é mais fresquinho ou é
mais fresquinho porque vende mais?). O país tem maior PIB porque tem maior
maturidade digital ou vice-versa? Estou particularmente seguro de que a
evolução de maturidade no aspecto conectividade pavimenta caminhos para o
crescimento econômico. Neste site existe um interessantíssimo whitepaper que
explora com mais detalhes estes pontos e pode ser obtido aqui.

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Importância da conectividade – competitividade




Temos evoluído nos últimos anos. Pensem na primeira geração
de telefones conectados, depois o 2G, 3G e agora o 4G. A evolução foi brutal. O
4G está sendo implantado no país um passo de cada vez. Já há (principalmente
nas grandes cidades) uma razoável área coberta pelo 4G. Mas o meu testemunho é
que apesar de obter uma boa velocidade de transferência de dados (perto de 10 a
12 Mbps), isso não é nada perto do limite teórico da tecnologia 4G que é de 100
Mbps. Seja por excesso de usuários por célula ou por restrição explícita ou
limitação imposta tecnicamente pelas operadoras, o limite teórico do 4G está
longe de ser atingido. Porém estes 10 a 12 Mbps são mais que suficiente para
assistir vídeos em alta definição, vídeos em tempo real etc., aplicações que se
desenvolveram muito com a chegada do 4G.

Mas o 4G ainda não é suficiente para alguns modelos de uso. Por exemplo, muito
se fala atualmente sobre os carros autônomos (que não precisam de motorista). A
propósito, eu tive uma interessante conversa sobre este assunto no programa Vida
Moderna – Tecnologia Automotiva – o vídeo com esta conversa pode ser visto
neste link.
Um carro que “dirige sozinho” depende de muitas tecnologias, mas uma delas é
essencial. Acesso às informações de trajeto, mapas, etc. em tempo real, ou
seja, com latência muito baixa. O 4G não entrega uma latência baixa o
suficiente para que os sistemas automatizados do carro possam trocar
informações e tomar decisões em tempo hábil. O risco de colisão tende a ser
grande.


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Tendências do 5G em 2020 e diferenças
de latência entre 3G, 4G e 5G

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As empresas estão trabalhando no desenvolvimento dos padrões 4.5G e 5G. No cronograma
da Huawei o 4.5 deve nascer até 2016 e o 5G até 2020. As diferenças são
grandes. O 4.5 prevê um aumento da capacidade de transmissão de 100 Mbps para 1
Gbps (10 vezes mais que o 4G) e permite até 100 mil conexões por quilômetro
quadrado. O padrão 5G prevê até 10 Gbps de velocidade de transmissão, 1 milhão
de conexões por quilômetro quadrado com latência menor que 1 milissegundo. E
tudo isso podendo ser usado em um veículo que se desloca até 500  km/h (por exemplo um trem) com conexão
estável!!! São esperados mais de 20 bilhões de dispositivos conectados entre
2020 e 2025. É fácil entender porque a Huawei está tão comprometida no
desenvolvimento destas tecnologias.

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modelo conceitual de implementação do
5G na visão da Huawei

Descobri também que a Huawei tem um portfólio de soluções empresariais como switchespara data centers e switches“campus” (para distribuir acesso nas empresas), sistemas de segurança,
bem como dispositivos de armazenamento,
servidoresx86 e até data center encapsuladoem container.

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Modelo de Data Center em
contêiner da Huawei

Os “players” deste mercado são todos de grande quilate, de grande qualidade. A apresentação por parte da Huawei no projeto de cidade digital em Águas de São Pedro me ajudou a compreender um pouco mais que a preocupação de empresa está além da tecnologia pela tecnologia. Há uma forte interação e sinergia entre as diversas áreas de negócio da empresa. Tenho um particular fascínio pelas soluções empresariais e pelo desenvolvimento dos padrões futuros de comunicação como o 4.5G e 5G, afinal para uma cidade como a minha (São Paulo), as soluções têm que ser MAIÚSCULAS!! A Huawei sabe que o mercado é muito competente, mas o “dragão chinês” parece ter a competência para esta jornada. Vou seguir de perto, observar e conferir!!

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