Golpes financeiros e a necessidade de informação para combatê-los

Bem orientados, os clientes são capazes de identificar abordagens suspeitas e cortar contato com os criminosos antes que uma fraude se efetive

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por ABCD
4:40 pm - 17 de agosto de 2022

Todo dia um novo tipo de fraude ganha as manchetes ao mesmo tempo em que números alarmantes dão conta do tamanho gigantesco da indústria do golpe financeiro no Brasil. Dados recentes da Psafe apontam que as ocorrências do gênero quase dobraram no último ano, e a tendência é que os criminosos sigam se reinventando. Isso porque, em meio ao aumento da necessidade de recursos por parte da população, os golpistas encontram uma quantidade cada vez maior de potenciais vítimas para explorar. 

Se antes os fraudadores se valiam da utilização do nome de instituições financeiras tradicionais na abordagem criminosa, hoje, com a consolidação das fintechs de crédito, o segmento entrou no radar dos golpistas, que se passam por fintechs reais para oferecer falsos empréstimos, cobrar taxas inexistentes e desaparecer após o recebimento dos valores indevidos. 

Para fazer frente a esse movimento que, para além dos prejuízos financeiros, tende ainda a prejudicar a imagem de empresas sérias do setor de crédito digital, o monitoramento e a denúncia de endereços e números de telefones dos criminosos são fundamentais, mas a veiculação massiva de informações pode desempenhar um papel importante. Isso porque, bem orientados, os clientes são capazes de identificar abordagens suspeitas e cortar o contato com os golpistas antes que a fraude se efetive. 

Com esse objetivo, a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e suas associadas iniciaram no começo do mês passado uma campanha que inclui a veiculação intensiva de orientações de segurança nas redes sociais e sites da entidade e das fintechs participantes. A ideia é enfatizar a necessidade de se certificar da idoneidade da instituição que oferta crédito e entender quais são os sinais de alerta. 

O que tem sido observado com frequência no mercado é o uso de identidade visual das fintechs de crédito verdadeiras em sites e perfis de redes sociais falsos, o que empresta aos farsantes a credibilidade de instituições estabelecidas. Além disso, via abordagens ativas, o que é incomum entre as empresas sérias, pagamentos antecipados são solicitados sob as mais variadas desculpas – o que por si só já indica uma fraude, uma vez que a prática é ilegal. 

Ofertas tentadoras e condições que normalmente não são oferecidas pelo segmento são outros indícios que devem ser levados em conta. Uma boa pesquisa na internet, seja em sites especializados em receber reclamações ou fóruns online, costuma revelar informações importantes sobre empresas falsas. 

A experiência de nossas associadas nos mostra também que o foco do golpista é agir rápido, aproveitando-se de um instante de vulnerabilidade e necessidade. E, neste momento, informação e orientação nunca  são demais e podem fazer a diferença. 

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