Fôlego das fintechs segue inesgotável

Com a explosão da digitalização, a inovação se acelerou, resultando na criação de uma série de novos produtos

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por ABCD
12:30 pm - 16 de setembro de 2021

Não é tarefa fácil precisar quando o termo fintech foi empregado pela primeira vez. Há registros de que tenha surgido no começo dos anos 90, no entanto não há consenso sobre o assunto – uma pesquisa rápida na internet chega a apontar as décadas de 70 e 80 também como possíveis datas de seu nascimento. Certo mesmo é que nos últimos anos, notadamente após a crise financeira global de 2008, que ganhou força no Brasil em meados de 2014, as fintechs entraram de vez para o vocabulário de todo o mundo. 

Desde então, diariamente o setor demonstra seu vigor por meio de aportes, fusões e aquisições cujos valores seriam inimagináveis há algum tempo, quando as transações financeiras eram majoritariamente conduzidas pelas instituições tradicionais, e os grandes players davam as cartas do jogo. 

De acordo com dados apurados pelo Distrito Dataminer, as fintechs captaram US$ 178 milhões somente no mês de agosto. No segmento de crédito, segundo informações do mercado, o volume de recursos concedidos em 2019 foi de cerca de R$ 3 bilhões. Com a pandemia, a cifra triplicou em 2020, batendo os R$ 9 bilhões, levando à estimativa de que o montante mais do que dobre até o fim deste ano.  

Diante de tantos números, é importante destacar o salto observado em tão pouco tempo:  a pesquisa A Nova Fronteira do Crédito no Brasil, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) e a consultoria PwC Brasil, primeira a se debruçar sobre o tema, revelou que o volume de crédito concedido no país pelas fintechs foi de R$ 804 milhões em 2017, alcançando R$ 1,195 bilhão em 2018. 

Para além de planilhas e gráficos, nos últimos cinco anos, a ABCD, entidade criada em 2016 para representar as fintechs de crédito, tem sido testemunha privilegiada não só do crescimento em termos de negócio, mas também em relação à relevância dessas empresas para os brasileiros. 

Abrindo caminho para perfis tradicionalmente com mais dificuldade para acessar crédito, como os micro e pequenos empreendedores e desbancarizados, as fintechs permitiram que mais brasileiros pudessem fazer parte do mercado de crédito, democratizando o acesso aos recursos. E a contribuição ganhou ainda mais força com a chegada da Covid 19, quando a possibilidade de realizar transações online tornou-se obrigatória. 

Nascidas em ambiente digital, as fintechs de crédito saíram na frente para atender os mais diversos tipos de clientes, fazendo com que os recursos chegassem na ponta de forma mais rápida e menos burocrática durante a crise mais aguda da história recente.

Com a explosão da digitalização, a inovação se acelerou, resultando na criação de uma série de novos produtos, aumento da competição e melhores opções para consumidores e negócios. 

Mais do que dinheiro, as fintechs de crédito entregam possibilidades e soluções para pessoas que até então eram invisíveis para o sistema financeiro. Demonstrando um fôlego inesgotável para acompanhar as transformações do mundo moderno, as fintechs vão seguir alavancando o segmento de crédito no Brasil. E a ABCD estará ao lado delas para apoiá-las. 

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