Digitalização das atividades humanas: qual será o próximo passo?
Uma grande quantidade de profissões desaparecerão. Precisamos nos preparar para essa nova era
Dando continuidade ao nosso artigo anterior, sabemos que a digitalização das atividades humanas tem causado grandes mudanças nos negócios e no perfil dos profissionais demandados pelo mercado.
Estima-se que até 2030, 75% das profissões atuais desaparecerão, mas novas profissões surgirão. Serão criados novos postos de trabalho com requisitos específicos relativos a tecnologias digitais. Em todos setores, posições de trabalhos com tarefas repetitivas, tendem a ser substituídas por robôs. Novas posições de trabalhos surgirão com exigência de um maior conhecimento sobre tecnologias digitais e com emprego de mais criatividade para geração de soluções e alternativas de negócios mais inovadoras.
Isso implica que precisamos nos reeducar em todos os níveis, quem não tiver conhecimentos básicos de informática e tecnologias consideradas hoje emergentes terão cada vez mais dificuldades de se colocarem no mercado de trabalho. Isso requer a re-educação de profissionais do nível básico ao nível superior, graduação e pós-graduação. Precisaremos estimular a criatividade de todos, viabilizando o trabalho colaborativo, multi-disciplinaridade das equipes e a inserção atividades não ortodoxas, como as artes plásticas, música, prototipagem de objetos e outras ferramentas de criação.
Todo esse conhecimento deve girar a mil e ser reciclado sempre para que possamos contribuir com a geração de inovação nas empresas, não somente de produtos, serviços e soluções, mas também da gestão, de processos e procedimentos internos e de relacionamento com os fornecedores, clientes e mercado em geral.
Como exemplos de novas profissões, temos o desenvolvedor de material multimídia para ensino on-line, especialista em impressão 3D e o agricultor digital. O especialista de material de ensino on-line já está presente no mercado à medida que o numero de cursos à distância vai crescendo e a demanda de reeducação dos profissionais torna-se cada vez mais urgente. A impressão 3D, por sua vez, passa a ser cada vez mais usada na elaboração de protótipos e na construção de novos produtos propriamente ditos.
Um exemplo inusitado que vi foi a criação de instrumentos musicais diversos usando a impressão 3D. Nesse caso especifico, os tipos de impressão e matéria-prima utilizados podem ter impacto na qualidade do som produzido pelos instrumentos. Logo, existem diversas instituições no mundo avaliando essa dupla, tipo de impressão e matéria-prima, que dá o melhor resultado. Nosso último exemplo é o agricultor digital, que deverá conhecer não apenas os processos de agricultura, também como utilizar tecnologias digitais para melhorar e automatizar esses processos e como programar drones para monitorar e até semear plantações.
O fato é que as Tecnologias Digitais vieram criar um leque muito grande de possibilidades e oportunidades tanto de trabalho como de mercado para as empresas, que precisamos aproveitar. Isso requer que estejamos atentos à demanda por re-educação e geração continua de inovação em todos setores.