Comércio Eletrônico: mais credibilidade e mais segurança!

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7:30 pm - 04 de agosto de 2014

Quem não fica com receio quando vai fazer uma
compra no Ambiente de Comércio Eletrônico? Todos! Esta não é uma resposta
cientificamente comprovada. Mas “atire a primeira pedra” quem nunca ficou inseguro
de passar os dados do seu cartão de crédito ou com medo da não seriedade da
empresa vendedora e você não receber aquilo que comprou.

 

Recentemente a FECOMERCIO/SP realizou uma
pesquisa com consumidores e indicou que um em cada dez usuários de cartão já
sofreram clonagem de cartão. A SERASA Experian constatou que a cada 15 segundos
um consumidor brasileiro é vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo
de identidade onde criminosos utilizam dados pessoais com a intenção de realizar
transações fraudulentas.

 

Atualmente como orientação básica indicamos para
o consumidor comprar em lojas virtuais que possuam lojas físicas e que tenham boa
reputação no mercado. Deve-se monitorar sempre o cartão de crédito e se
possível contratar o serviço de envio de mensagem para cada transação realizada
com os dados do cartão. Mas, convenhamos: isto limita muito o universo de
compras no ambiente de comercio eletrônico. Pessoalmente, em compras (sempre de
pequeno valor) em lojas virtuais desconhecidas mas aparentemente sérias, eu
tenho utilizado o boleto eletrônico. Não disponibilizo os dados do meu cartão
de crédito. Entendo que a pequena loja deva ser séria, porém questiono a
capacidade dela de proteger adequadamente os dados do meu cartão de crédito. O
risco é muito alto.

 

Como o Comércio Eletrônico lida com milhões
de dólares e o potencial de crescimento é muito grande, é necessário a
existência de medidas que aumente a credibilidade deste ambiente. Recentemente
uma solução que maximiza a segurança nas transações de comercio eletrônico tem
surgido: empresas que administram Carteiras Eletrônicas e fazem a intermediação
das compras no Ambiente de Comercio Eletrônico. Por que esta solução aumenta a
segurança destas transações?

 

1. O
Vendedor (Loja) não tem acesso aos dados de cartão de crédito, débito ou conta
corrente do Comprador (Você).

=> Estas informações ficam armazenadas
neste Provedor de Serviço de Carteira Eletrônica (PSCE) de maneira muito mais
segura do que se estivesse no ambiente digital da maioria das Lojas. Por ser
uma organização especializada em ambiente digital, o PSCE possui profundo
conhecimento para a utilização das melhores soluções de criptografia e de
sigilo de informação.

 

2. O
Comprador é validado pelo Provedor de Serviço de Carteira Eletrônica.

=> Para utilizar este serviço, Você
(Comprador) precisa previamente se cadastrar no Provedor de Serviço de Carteira
Eletrônica (PSCE). Este provedor fará as devidas verificações para garantir a
autenticidade e veracidade da sua identidade (Comprador). Desta maneira em uma
transação eletrônica, o Vendedor não terá risco o risco da ameaça de um falso
Comprador. Este risco será assumido pelo PSCE.

 

3. O
Vendedor é validado pelo Provedor de Serviço de Carteira Eletrônica n(PSCE)

=> Somente Vendedores previamente
cadastrados serão aceitos pelo PSCE. Para este cadastramento serão analisadas
questões de capacidade financeira, capacidade de logística e profissionalismo
do Vendedor. O risco de um Vendedor de má fé é do PSCE. Você (Comprador) estará
protegido.

 

4. O
PSCE garante a entrega do produto ou você terá seu dinheiro de volta.

=> Em função da análise rigorosa de
Empresas Vendedoras, o PSCE garantirá para você (Comprador) que caso o produto
não seja entregue, você terá o seu dinheiro de volta. Isto é, o Comprador
repassou o risco da não entrega para o PSCE. Também o Provedor atuará em
questões de conflito, tipo: o produto foi entregue, mas fora do prazo. O
Comprador terá um defensor perante situações de não conformidade do Vendedor.

 

5. O
Comprador (você) pagará por este serviço?

A princípio as soluções existentes no mercado
e as que estão por vir não cobram do Comprador. O Provedor de Serviços de
Comércio Eletrônico será remunerado pelo Vendedor utilizando um pequeno
percentual em cada compra.

 

5. Mas,
o Provedor de Serviço de Carteira Eletrônica (PSCE) terá os dados do Comprador
(Você). Ele poderá usar estes dados indevidamente. Existe este risco?

=> Primeiramente vamos nos lembrar que
risco (probabilidade de uma ameaça se concretizar) somente será zero caso a
situação não seja utilizada. Entendo que este risco é muito baixo. No Brasil os
Provedores de Serviço de Carteira Eletrônica estão (ou estarão) submetidos a
regulamentos do Banco Central. E no exterior, um PSCE está submetido a
controles mais rigorosos que os regulamentos brasileiros. Desta maneira entendo
que o risco mesmo baixo existe, porém, será semelhante ao risco atual de um
Banco utilizar indevidamente as informações de seus clientes.

 

6. Esta
solução poderá ser utilizada em uma loja física?

=> Esta opção vai depender das facilidades
e opções de cada PSCE. Alguns já permitem. Ao fazer uma compra em uma loja
física, em vez de você passar seu cartão de crédito físico, você indica esta
forma de pagamento, a loja faz uma transação que entra em contato com o PSCE
que por sua vez manda uma mensagem para o seu celular. Você aceita (tudo com
senha ou biometria) e a transação é finalizada. Só não deixe seu celular sem
bateria.

 

Entendo que (principalmente) as Organizações
Vendedoras, os Provedores de Serviços de Carteira Eletrônica e as Empresas de
Cartão de Crédito cada vez mais vão disponibilizar soluções que ofereçam mais
segurança, mais credibilidade e mais facilidade para todos os atores do
Comercio Eletrônico. Além do mais, algumas soluções já contam com o respaldo direto de instituições financeiras o que reforça mais a proteção da informação.

 

Isto é tão verdade que recentemente um destes
bilionários americanos foi perguntado se acreditava no crescimento do Comércio
Eletrônico. Ele disse que sim. A pergunta seguinte foi: vai comprar ou investir
em empresas de Comercio Eletrônico. A resposta foi não. Diante do espanto do reporte
ele complementou: vou investir em empresas de logística. Alguém precisa
entregar o que esta grande nova onda de Comércio Eletrônico vai vender. Ele que
sabe das coisas!

 

Um Eletrônico (sem Comércio) Abraço.

 

Prof. Ms. Edison Fontes, CISM, CISA, CRISC

Consultor em Segurança da Informação, Gestão
de Risco, Continuidade de Negócio.

Autor de cinco livros sobre o tema segurança
da informação.

[email protected]

www.nucleoconsult.com.br

@edisonfontes

 

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