Cibersegurança sob um olhar do cliente e do negócio

25% das empresas admitem usar produtos para ambientes domésticos para proteger seus negócios contra ciberameaças.

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2:43 pm - 19 de novembro de 2019

As principais publicações de empreendedorismo estão repletas de histórias sobre como as pessoas iniciaram seus negócios e alcançaram rapidamente o sucesso – seja transformando um hobby ou uma ideia simples em uma pequena empresa. De fato, as pessoas podem transformar drasticamente suas carreiras: um chef pode fundar uma startup de alimentação e um desenvolvedor de software contratado por uma companhia pode desenvolver ele mesmo seu próprio serviço.

A transformação de uma inciativa de empreendedorismo individual para um negócio real ocorre tão rapidamente que, às vezes, os novos empreendedores nem sequer têm tempo para perceber sua nova realidade de trabalho. Notei isso ao conversar com pessoas do nosso centro de inovação, um departamento dedicado da Kaspersky, em que trabalhamos com startups inovadoras que desenvolvemos ou vieram de fora para trabalhar conosco. Eles se vêem como empreendedores, mas ainda não são usuários de serviços corporativos robustos, como por exemplo mensagens, videoconferência, colaboração em nuvem de colaboração e armazenamento. A linha entre estas duas realidades é realmente muito fina. No entanto, se os novos líderes de negócios reconhecerem seu novo status, eles podem resolver os desafios de suas empresas com mais rapidez e eficácia.

Em uma pesquisa global recente com quase 700 empresas com menos de 50 funcionários, verificamos que 25% delas admitiram usar produtos para ambientes domésticos para proteger seus negócios contra ciberameaças. Isso confirma o que vemos em nossas análises comerciais – os produtos de segurança para consumidores finais são comprados pelas empresas e a participação dessas vendas é relevante! Não estamos falando de alguns casos pontuais durante o ano. Basicamente, são companhias formadas por várias pessoas, algumas das quais abandonaram recentemente seus negócios para startups e outras já têm seus negócios há algum tempo, com uma equipe de três a dez funcionários.

Talvez essa opção pareça mais fácil, mais barata e mais rápida. É provável também que as empresas não tenham especialistas em TI em período integral, não precisem configurar políticas especiais, analisar eventos de ameaças ou gerenciar centenas de dispositivos. Eles só precisam “instalar e esquecer” sua segurança de TI por um dinheiro razoável e isso faz crer que um produto para proteção da família fornece tudo o que eles precisam.

De fato, é possível usá-la para proteção empresarial para vários dispositivos e com uma única licença, incluindo PCs e dispositivos móveis. No entanto, as soluções para ambientes domésticos ainda carecem de alguns recursos e não conseguem atender a todas as demandas de negócios, mesmo para pequenas companhias, como as startups.

Imagina se a emprensa passa a ter não mais cinco, mas 20 funcionários, ou o negócio crescer rapidamente e o número de colaboradores aumentar constantemente? De repente, ela pode precisar de várias licenças, mas a pessoa responsável pela TI não poderá gerenciar todos os dispositivos juntos. Assim, a empresa não terá a visibilidade necessária e o status real de sua proteção. Além disso, os produtos voltados ao consumidor final não podem ser usados ​​para proteção de servidores; portanto, os servidores de arquivos em que uma empresa normalmente armazena todos os dados comerciais não serará seguros.

O uso de um serviço ou produtos inadequados não é necessariamente fatal para os negócios e a cibersegurança não é uma exceção. Meu principal ponto aqui é que as empresas devem perceber que na verdade são um negócio. Isso significa que elas precisam considerar tudo do ponto de vista sobre o que irá beneficiar a companhia e garantir sua eficiência.

As empresas precisam encontrar soluções ideais para resolver seus próprios problemas. Esses pequenos passos para um grande negócio não prejudicarão o progresso, mas, muito provavelmente, ajudarão a economizar dinheiro e tempo. Além disso, uma defesa cibernética devidamente organizada ajudará a eficiência de todos esses processos e os resultados da companhia como um todo.

*Por Alexander Moiseev, Chief Business Officer da Kaspersky

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