Introdução à gestão da sustentabilidade

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10:30 am - 23 de janeiro de 2019

Todos os dias, seja no meio empresarial ou no acadêmico, seja na mídia ou em conversas informais, acabamos por nos deparar com palavras ou termos como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, triple bottom line, eco-eficiência, economia circular, responsabilidade social, reciclagem, objetivos do desenvolvimento sustentável (ODSs), green economy, recursos renováveis, dentre muitas outras que são, de certa forma, similares ou próximas.

Nessas situações, há uma quase unânime concordância quanto à importância desses temas; ou pelo menos, poucas pessoas se colocam de forma contrária, dizendo que são “coisas erradas” num primeiro momento (mesmo que não façam nada a respeito depois…). Assim, à primeira vista, são temas relativamente já são conhecidos pela sociedade e também considerados como relevantes.

Se o cenário é realmente esse, por que ainda temos tantas dificuldades em conhecer, entender e aplicar essas noções naquilo que fazemos de uma forma efetiva? Por que há tantas diferentes e controversas formas de se tratar esse assunto? Por que existem tantos problemas referentes a isso na realidade empresarial?

O propósito dessa coluna, cuja primeira publicação é nesta data, é tentar levar alguma luz para essas discussões, focando a relação entre as práticas de sustentabilidade (o que é feito? e como é feito?) e as teorias e conceitos (por que é assim?). A premissa aqui é que o entendimento do contexto e dos motivos que levam as organizações a adotarem determinadas ações é fundamental para a compreensão da prática organizacional da gestão da sustentabilidade de uma forma mais profunda e completa.

Dessa forma, a conciliação entre as práticas de gestão da sustentabilidade e as teorias e conceitos que explicam a lógica que está por trás dessas práticas é necessária e fundamental. É isso que temos percebido como crucial em diversos fóruns dos quais temos tido a oportunidade de participar. Aprofundar a discussão sem cair em um preciosismo técnico, mas saindo de um debate superficial pode parecer difícil, mas é essencial.

É importante salientar também o que não será objetivo das discussões aqui. Pretende-se tratar os temas de forma isenta, com argumentos técnicos e conceituais, e não com posturas ideológicas (apesar de isso ser muito comum nas discussões desse assunto). No entanto, um posicionamento crítico é absolutamente necessário, para que se busquem melhor entendimento e soluções para os problemas, que certamente, não são de simples de serem solucionados. Dessa forma, evitaremos o “achismo” e o “modismo”, também muito recorrentes quando se trata desses assuntos.

Esperamos contar com a participação dos leitores para enriquecer as discussões, dentro desse espírito. Agradecemos pela oportunidade e esperamos ter muitas conversas interessantes.

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