Aprendendo como cuidar do seu carro na fábrica da Ford
Dicas de Manutenção
O fabricante não quer “empurrar” peças novas para o cliente e sim garantir que ele tenha a melhor experiência possível com seu produto, usado nas condições ideais. Além disso, se obedecidas as orientações, será muito improvável que seu veículo pare na rua e precise de socorro emergencial. Nada pior para a imagem do fabricante do que seu carro ser visto nocauteado pelas esquinas… Por isso, para o bem do próprio consumidor e também da imagem da marca, as manutenções devem ser realizadas nos prazos indicados.
Há consumidores que não realizam a manutenção periódica e por isso andam com o carro até que algum componente que deveria ter sido trocado falhe e obrigue a manutenção, com parada não programada, que é o pior caso. Pega a pessoa de surpresa e possivelmente o reparo custará mais caro.
Além disso há algumas medidas preventivas para melhor cuidar da bateria:
- Manter a chave de ignição na posição “desligada”
Não consumir energia sem necessidade - Manter desligados todos os acessórios como lâmpadas, rádio e ventiladores quando o veículo não estiver funcionando
Não correr o risco de sobrecarregar a bateria - Dar partida no motor somente após 30 segundos da primeira tentativa
O motor de arranque é elétrico e consome grande energia, assim se evita sobrecarga - Utilizar acessórios elétricos aprovados pela montadora
Assessórios não homologados podem ter demanda muito acima do que foi previsto - Movimentar o veículo no tranco
Muito comum para os veículos mais antigos, não é recomendado - Utilizar baterias fora das especificações de fábrica
Uma bateria com menor capacidade pode ser levada ao colapso ao alimentar todos os dispositivos do carro. - Fazer partida auxiliar
A conhecida “chupeta” não é recomendada, porque os terminais que devem ser conectados não são óbvios em todos os carros e se ligados de forma incorreta podem gerar um curto circuito sério. - Utilizar baterias danificadas ou com vazamento
Baterias com vazamentos já estão com vida útil exaurida e sem capacidade de carga
Painel e luzes de advertência
Os painéis dos veículos modernos apresentam diversas luzes que servem para avisar sobre situações mais ou menos críticas e que requerem atenção do usuário, exigindo eventualmente uma intervenção de manutenção (programada ou não). A grande maioria delas é bastante conhecida, mas algumas nem tanto. Vou destacar abaixo:
A Ford utiliza um padrão, luz amarela é apenas advertência e vermelha é algo mais sério (não deve usar o carro). Por exemplo, a luz da injeção, do ABS e do sistema de aquecimento de combustível (para partida a frio), acendem-se ao ligar o carro, mas devem se apagar na sequência. Se permanecerem acesas devem ser vistas em uma manutenção imediata do veículo. As luzes vermelhas são sérias. Ninguém pode dirigir o carro se o freio tiver um problema de freio ou com o mecanismo do air bag com possibilidade de inflar as bolsas sem motivo. A seguir mais algumas luzes menos comuns (alertas).
Sistemas Mecânicos, sistemas problemas e possíveis causas São os sistemas que fazem essencialmente aquilo para qual o carro foi concebido, movimentar-se e levar seus ocupantes de lá para cá. A manutenção cuidadosa e nos prazos corretos garante que reparos fora de hora precisem acontecer. Vejam quais são os principais problemas e possíveis causas:
- Sistemas de Ignição: dificuldade de partida, falhas em acelerações e retomadas, aumento de consumo de combustível, baixo rendimento e perda de potência. Podem estar associados a problemas de velas, cabo de velas ou distribuidor eletrônico.
- Sistemas de alimentação: consumo de combustível bem elevado (10% a 15%), desgaste interno no motor, falhas em acelerações e retomadas, aumento na emissão de gases. Podem estar associados a filtro de ar, filtro de combustível, filtro de óleo.
- Arrefecimento: superaquecimento do sistema, consumo elevado de combustível, dificuldade de partida e desgaste internos do motor. Podem estar ligados à bomba d’água, radiador, válvula termostática.
- Motor – lubrificante: desgaste interno do motor e formação de borras (resíduos), aumento de emissões, aumento da temperatura e dificuldade de partida do motor. Podem estar ligados ao nível do óleo ou seu desgaste (falta de troca no tempo certo).
- Motor – correia de assessórios: barulho do tipo chiado, descarga da bateria, aquecimento do motor. Podem estar ligados à correia do motor.
- Motor – correia de sincronismo: barulho do tipo chiado, dificuldade de partida, falhas em acelerações e retomadas, consumo elevado de combustível. Podem estar ligados a correia ou corrente do motor.
- Freios – ineficiência de frenagem, barulho do tipo chiado, vazamentos de fluido, pedal duro e travando. Podem estar ligados ao tambor e disco de freio ou módulo eletrônico (no caso do ABS).
É um sistema não relacionado ao movimento do carro que boa parte dos modelos têm ou podem ter um sistema de ar condicionado. Requer algumas atenções e cuidados. Um dos pontos críticos é o filtro, que se não trocado na hora certa pode acarretar em sobrecarga no sistema, deixar de funcionar ou operar com ineficiência. Auxilia na contenção do crescimento de fungos que causam odor e evita a proliferação de bactérias.
Existem algumas dicas muito importantes no trato do sistema do ar condicionado, nem todas largamente conhecidas:
Mas voltando ao assunto, qual a hora certa para a troca? Na figura abaixo podemos ver uma banda transversal dentro das ranhuras do pneu. Este é chamado de TWI (indicador de desgaste de pneu – sigla em inglês). Quando esta parte começar a desgastar, o pneu deve ser trocado.
Tecnologia Flex e economia de combustível
A grande maioria dos motores hoje em dia é bicombustível (etanol e gasolina). Nesta apresentação da Ford alguns mitos foram derrubados e procedimentos importantes explicados. Não existe uma mistura “ideal” definida pelo fabricante para que o próprio motorista misture etanol e gasolina. Segundo a Ford, o etanol é mais “agressivo” ao motor no que diz respeito ao desgaste, mas igualmente eficaz para ser usado. Há uma regra geral propalada que diz que o álcool rende 70% do que rende a gasolina, isso é um valor aproximado e pode variar um pouco em função de cada motor.A maneira certa de dar a partida no carro é ligar sua parte elétrica e esperar alguns segundos (mais que 10). Neste tempo o sistema elétrico que mistura a gasolina com o álcool ou o aquecimento do álcool (para carros mais moderno sem o “tanquinho”) é suficiente para que a partida tenha sucesso logo na primeira tentativa.
Trocar a marcha na rotação certa, sem esticar demais a marcha (alguns carros têm indicador de melhor momento para troca com economia), ter os pneus na calibragem correta (pneus murchos elevam bastante o consumo) são medidas conhecidas. Mas eu desconhecia a dica de não ter o hábito de andar com o tanque quase vazio. Mais espaço vazio no tanque acelera muito a evaporação do combustível e o efeito prático final é maior consumo!
Finalizo com a dica do “ponto morto”. Há um hábito antigo de usar o carro desengatado para que ele no embalo ande sem consumir combustível. De fato, isso tem alguma eficácia embora não seja muito seguro pois não há o “freio motor” em ação. Mas desde que os carros começaram a usar ignição eletrônica, o sistema ao perceber que não há esforço no motor, corta completamente a alimentação de combustível enquanto no ponto morto há a rotação da marcha lenta. Assim é mais econômico ter o carro no embalo engatado do que em ponto morto.
- Body shop – estampa das chapas e solda no formato da base do carro
- Pintura – ambiente super criterioso e cuidadoso no qual o carro ganha base e cor
- Montagem final – onde todas as outras partes são agregadas para compor o carro
Minha amiga Andrea do blog Atitude Quarenta fez uma matéria bem legal e explicativa sobre a visita à fábrica o qual pode ser visitado por estelink. E meu amigo Richard Max do famoso blog RMAX também fez uma matéria muito legal que pode ser vista aqui (breve).
vídeo 01 – clip com momentos da visita