A revolução digital passa necessariamente pelas pessoas

Para que uma companhia consiga passar com sucesso por essa mudança é preciso uma transformação estrutural e cultural

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1:48 pm - 14 de janeiro de 2021

Hoje a luta não é mais do grande contra o pequeno, mas sim do ágil contra o lento. Fato é que aquelas empresas que não conseguirem abraçar as tendências de mercado, entender o comportamento do usuário e mergulhar na transformação digital vão ficar pelo caminho.

Agilidade e transformação caminham lado a lado porque num cenário cada vez mais volátil e dinâmico, responder com velocidade ao mercado e adaptar o negócio para dentro e para fora tornaram-se premissa – justamente porque são os pilares dos negócios que conseguem se perpetuar, se adaptando e se reinventando com o passar dos anos.

A transformação digital não se trata apenas em aplicar tecnologias mirabolantes nos processos internos. Na verdade, ela tem muito mais a ver com buscar maneiras de usar essas soluções para otimizar a operação e diminuir atritos – ou como gosto de enxergar: resolver problemas de forma simples. Dessa forma, para que uma companhia consiga passar com sucesso por essa mudança é preciso uma transformação estrutural e cultural que promova uma mudança de mindset nas pessoas – isso antes de implementar ou comprar qualquer tipo de produto ou tecnologia.

O processo de Transformação Digital de uma empresa é bem particular e específico, mesmo porque cada negócio tem seu público, regulamentações, tipo de cliente, mas uma máxima é soberana e comum a todas as companhias que conseguiram resultados expressivos com essa transição: todas apostaram e começaram focando nas pessoas. Isso porque, elas são os principais ativos de uma empresa, já que são responsáveis pela execução de projetos. Sendo assim, só é possível ter resultados de sucesso quando se tem colaboradores empoderados e com espaço para testar, errar, falhar, tentar novamente, até alcançar o objetivo.

Ter um time engajado, motivado, conectado com o propósito da empresa e que tenha espaço para poder, de fato, aplicar as ideias e promover a inovação é a espinha dorsal de qualquer transformação. Esse é um desafio conhecido e um trabalho forte de ressignificação cultural com a equipe atual.

O que preocupa é que quando o negócio vai escalando, quando o volume de demanda dos clientes começa a crescer e quando você tem a pressão de entregar ainda mais valor, nem sempre é possível encontrar novos talentos para poder entregar tudo aquilo que você quer – ou que já prometeu.

Um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação (Brasscom) mostrou que as empresas em geral precisarão, por ano, de 70 mil profissionais especializados em TI até 2024. Mas, ao mesmo tempo, o setor possui mais de 1,56 milhão de vagas, e a perspectiva de investimento das companhias será de R$ 466 bilhões até 2023. Em contrapartida, mesmo diante de tanta demanda, o setor de TI pode ter um déficit de 290 mil especialistas em 2024.

Esses dados escancaram a realidade de qualquer empresa nos dias de hoje: existe uma grande dificuldade de contratação de profissionais de tecnologia – que são fundamentais no processo de transformação digital.

Para solucionar esse impasse uma das alternativas mais viáveis é a adoção do modelo de People as a Service. O conceito do PaaS, como é chamado, sugere que as companhias contratem mão de obra especializada para realizar projetos para cada demanda. Dessa maneira, é possível escalar a operação de acordo com a expectativa e velocidade do mercado.

Por meio desse método, é possível resolver o entrave da área de RH com relação a contratação de profissionais qualificados e a aplicação de treinamentos para atualização de funcionários com rapidez. Além disso, ao contar com especialistas com know how e experiências pode-se incorporar ainda mais valor à sua equipe e consequentemente ao negócio como um todo.

Essa metodologia, também proporciona ainda mais agilidade na operação, pois ao agregar talentos remotos e de forma quase que instantânea é possível dar vazão às demandas e assim atender o mercado de forma mais rápida e eficiente que os seus concorrentes.

Em linhas gerais, o que não se pode ignorar é que precisamos de profissionais engajados para a transformação digital – e que ela começa internamente, com uma mudança cultural. Mas isso não quer dizer que devemos ficar presos somente à força interna, que deve com certeza ser valorizada, já que ela é um dos principais ativos de uma empresa. Mas, nesse caso, nós podemos e devemos contar com um reforço externo, que agregue ainda mais valor ao negócio, contribuindo com a entrega de projetos personalizados de maneira eficiente e com baixo custo.

O principal investidor da sua empresa é o seu cliente. E por isso encontrar soluções de atendê-lo para escalar seu negócio é chave nesse processo de adaptação ao digital.

*Gustavo Caetano é CEO da Sambatech e Samba Digital

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