8 passos para lidar com as diferenças no ambiente de trabalho

Saber lidar com a diversidade no ambiente de trabalho é também passo fundamental para o sucesso profissional

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9:34 pm - 13 de dezembro de 2021

Uma equipe de alta performance é composta, idealmente, por membros com diferentes habilidades, que se complementam para alcançar os objetivos em comum do time. Essa configuração proporciona a inovação pela diversidade na forma de pensar, o que gera vários insights e possibilidades. 

Porém, muitas vezes essas diferenças podem também causar conflitos no ambiente corporativo. É preciso aprender a conviver com comportamentos e ideologias divergentes, mesmo que pareça difícil. Desenvolver tal habilidade exige autoconhecimento, paciência, flexibilidade, humildade, boa comunicação e, acima de tudo, respeito. Saber lidar com a diversidade no ambiente de trabalho é também um passo fundamental para o sucesso profissional, o que consequentemente proporciona o crescimento da organização como um todo.

A principal base para lidar com as diferenças é exercitar a empatia, um conceito que apresento em meu livro “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”, e que consiste na capacidade de colocar-se no lugar do outro para lançar o olhar em outra perspectiva, saber o que você pensaria e sentiria caso estivesse na mesma situação. Representa a compreensão dos sentimentos e emoções, no intuito de experimentar -de maneira objetiva e racional- o que sente o outro indivíduo, e como ele pensa. É desenvolver a habilidade de pensar na perspectiva do outro, e não somente da nossa, o que gera entendimento e proporciona uma boa comunicação.

Existe uma teoria que nos ajuda a praticar a empatia. É a teoria do coco, concebida pelo Ken O´Donnell, escritor e palestrante australiano. Ele diz que nós somos como cocos, com um miolo branco por dentro e uma casca – que pode ser verde, seca, e de diferentes cores. Já o miolo branco é igual nos diversos cocos, o que representa as nossas qualidades inatas, os nossos valores e o nosso potencial para o bem. Ele afirma que essa parte é igual em todos os seres humanos, e que a diferença fica na casca – ou seja, no ego, nos aspectos adquiridos. Enquanto o conflito vem das nossas “cascas”, ou seja, de nossas diferenças, ao identificarmos os pontos comuns com os outros conseguimos gerar a empatia.

Sendo assim, ao perceber um conflito com alguém, procure por pontos comuns que você tem com essa pessoa e que você admira em si mesmo, para exercitar sua empatia. Isto irá aproximar você da outra pessoa, e criar conexão. É um processo que começa em nossa mente, determina os nossos sentimentos e nos ajuda a dar um novo significado -mais construtivo-, no relacionamento humano, a partir das nossas atitudes, o que define os resultados a serem alcançados.

Praticar a empatia no ambiente de trabalho é potencializar a sinergia na equipe, estabelecendo conexões positivas. É enxergar o que existe no outro que é igual em você. É vislumbrar o ser humano por trás do crachá, independentemente dos crachás. É valorizar você e o outro, como ser humano, exercitando sua humildade.

Para conquistar tudo isso, busque colocar em prática esses passos:

  1.   Olhar para o outro como ser humano que também é você, com todas as diferenças, forças e fraquezas que compõem a personalidade.
  2.   Flexibilizar para entender que as pessoas podem pensar diferente de você e divergir nas opiniões.
  3.   Escutar ativamente o que o outro tem a dizer, abrindo espaço para aprender o novo.
  4.   Desenvolver a inteligência emocional, buscando se conhecer mais e conhecer o outro a partir das diferenças.
  5. Criar espaços para conhecer os seres humanos atrás dos crachás, com papos informais que vão além das questões de trabalho. Ao fazer isso, busque identificar pontos em comum entre vocês e ficará surpreso com a conexão que isso gera.
  6.   Colocar o foco no propósito em comum dentro da equipe ao realizar um trabalho.
  7.   Reconhecer o potencial e atitudes das pessoas, com a prática do elogio e de um simples agradecimento.
  8.   Celebrar as conquistas em comum.

Praticar esses passos corresponde a evoluir dos conflitos pelas diferenças em direção de ganhos em conjunto, o que leva a alcançar as metas, além de promover a harmonia. Quando se tem um ambiente harmônico, onde as pessoas se sentem bem e estão conectadas com as atividades que entregam, o resultado é de produtividade. 

Uma pesquisa recente feita pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, mostrou que funcionários felizes são 12% mais produtivos que os demais.Um clima organizacional favorável proporciona bem-estar, felicidade, comunicação fluida, eficácia nos processos e crescimento, o que contribui diretamente para que os resultados, tanto individuais como coletivos, sejam melhores.

Susanne Andrade é autora dos best-sellers “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”, “O Segredo do Sucesso é Ser Humano”, e do livro digital “A Magia da Simplicidade”. É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela FIAP em disciplinas sobre carreira, coaching, liderança e gestão da mudança para a transformação digital. É sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o “Modelo Ágil Comportamental”. Colunista no “Portal IT Forum 365, na coluna Desenvolvimento Humano na Era 4.0”. Voluntária no Grathi

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