2019: o ano que não vai acabar

Você está achando que têm sido rápidas as mudanças na TI?

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3:57 pm - 28 de janeiro de 2020
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O ano de 2019 será lembrado para sempre como o ano em que a TI atingiu um ponto de inflexão histórico. Um tradicional instituto de pesquisa estima com boa precisão que no último trimestre do ano passado as vendas de servidores on premise foram superadas pelas vendas de PaaS (Plataforma como Serviço) somadas às vendas de IaaS (Infraestrutura como Serviço). Ou seja, foram vendidos mais servidores para nuvens públicas – que podem estar fisicamente em qualquer parte do mundo – do que servidores para serem instalados nas empresas ou residências.

Trata-se de um fato que muda a história da plataforma cliente-servidor, base da computação distribuída, iniciada na década de 1970. Essa tendência foi detectada com segurança 10 anos atrás, e agora concretizou-se.

Além do fenômeno de venda de equipamentos virtuais versus físicos, 2019 se caracterizou pela consolidação da utilização dos aplicativos, principalmente aqueles que rodam em dispositivos móveis. Eles reinaram absolutos. E continuarão reinando pelo menos nos próximos cinco anos, durante os quais 500 milhões de aplicativos serão desenvolvidos, definindo a maneira como trabalhamos, nos divertimos, nos deslocamos, compramos, etc.

Será fantástico, mas haverá um preço a pagar. A maioria dos apps são e serão escritos em software aberto. Isso torna a segurança desses aplicativos um desafio. Ferramentas de cyber security já estão disponíveis para smartphones e pads, mas a sua utilização ainda é muito baixa.

Dentre os aplicativos destacam-se os que implementam IoT (Internet das Coisas). Podemos citar os apps para agronegócio, automação industrial, cidades inteligentes, prédios inteligentes, segurança física, segurança digital, reconhecimento facial, dentre muitos.

As plataformas de inteligência artificial amadureceram e permeiam soluções em todas as áreas do conhecimento humano. Google, IBM, Microsoft são os líderes em ferramentas que permitem desenvolvimento de aplicações que “aprendem” com o uso.

Essas mudanças citadas foram disruptivas. Mas não nos atrevemos a dizer que serão permanentes, pois “sempre” e “nunca” são palavras que não existem no vocabulário da Ciência da Computação.

Muitos profissionais da área dizem que estão assustados com as mudanças profundas pelas quais a TI está passando. Devemos nos lembrar que nosso segmento é dinâmico desde a sua gênesis. A velocidade das mudanças é que aumenta com o passar do tempo. O que vemos hoje é a continuação desse processo. Daqui a dez anos vamos dizer, com saudosismo;  como as mudanças eram mais comedidas e previsíveis na década de 2020!

*Sergio Basilio é Diretor Comercial da Westcon Brasil

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