Além da tecnologia: futuro das cidades precisa passar por sustentabilidade

O mundo é composto hoje por 7 bilhões de pessoas. Estimativas apontam, contudo, que até 2050 serão 10 bilhões de pessoas e a maioria delas vivendo nas cidades. Uma em cada quatro dessas pessoas estarão na África. Isso significa mais consumo, de alimentos à energia.

“Esse futuro é uma oportunidade para desenharmos cidades resilientes e sustentáveis. Nosso trabalho tem sido esse”, contou Lynelle Cameron, CEO da Autodesk Foundation e vice-presidente de Sustentabilidade da Autodesk.

Para a executiva, alguns caminhos levam a um mundo mais sustentável: eficiência de energia e materiais, além da adoção de um senso de comunidade. Tudo isso, disse, pode ser feito por meio da automação. “A automação vai transformar dados em insights e ajudar a tomar melhores decisões.”

Segundo ela, pessoas, empresas e governos precisam se adaptar e se reinventar nessa nova era que se desenha. Para a executiva, à medida que a indústria continua a adotar tecnologias, é vital aproveitar os fluxos de trabalho automatizados que colocam dados em tempo real no centro de cada projeto e permitem que as equipes colaborem em todas as etapas.

Mudanças climáticas e residências inteligentes

Pela primeira vez na história da humanidade, os níveis de CO2 na atmosfera ultrapassaram os 400 ppm, atingindo 410 ppm. Assim, as temperaturas do planeta saltaram 1.5° C. Parece pouco, mas o número está acima dos níveis pré-industriais.

De olho nesse cenário, a indústria de arquitetura, engenharia e construção (AEC), portanto, mira erguer edifícios e infraestruturas mais ecologicamente sustentáveis, reduzindo assim os gases de efeito estufa (GEE) levados para o ar e protegendo as estruturas contra condições extremas.

Segundo Lynelle, alguns elementos têm pautado a atuação da Autodesk para levar essa demanda para a prática, como prédios de alta performance e redução de energia. “A chave para obter incluir esses elementos é usar modelagem de informações de construção (BIM, na sigla em inglês)”, observou.

O BIM é um software que cria digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção. Eles oferecem suporte ao projeto ao longo das suas fases, permitindo melhor análise e controle do que os processos manuais.

Quando concluídos, esses modelos gerados por computador contêm geometria e dados precisos necessários para o apoio às atividades de construção, fabricação e aquisição por meio das quais a construção é realizada. Além disso, o BIM contribui para gerenciar o impacto ambiental de um edifício.

Nicolas Mangon, vice-presidente de AEC da Autodesk, contou que, hoje, estimativas apontam que 40% de todos os projetos de AEC usam BIM. Destaque para a China que usa a tecnologia em 25% das suas atividades. “Estudos indicam que o BIM terá crescimento de 65% nos mercados emergentes”, detalhou o executivo. A expectativa, portanto, é de salto acelerado no uso da tecnologia, uma oportunidade para a Autodesk e ainda para a sociedade.

*A jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da Autodesk

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