5 dicas para quem deseja trabalhar em uma fintech

Os últimos dois anos foram determinantes para a consolidação das fintechs no Brasil. O número de empresas deste segmento passou de 54, em 2015, para 244 em 2017, segundo o último relatório da Fintechlab. Com isso, o País já é o principal mercado para empresas que aliam tecnologia e finanças na América Latina, sejam elas desenvolvidas localmente ou filiais de grandes companhias.

Com investimentos superiores a R$ 1 bilhão, as fintechs agora seguem o caminho do amadurecimento. As diversas oportunidades de atuação, principalmente nos segmentos de pagamentos e gestão financeira, aumentam a cada dia com a maior democratização dos meios de pagamentos, novas tecnologias e comportamento dos usuários, que buscam praticidade e baixo custo nas transações.

Atualmente, menos de 20% das fintechs no Brasil têm mais de 50 funcionários, ou seja, há ainda muito espaço para construir uma carreira de sucesso no setor. “As demandas das fintechs são diferentes de uma empresa tradicional, que, a rigor, trabalham com cargos bem definidos e promoções a longo prazo. O mercado das fintechs exige mais do que um profissional bem qualificado: precisamos de pessoas que tenham versatilidade de habilidades, pois as áreas se interligam; que estejam dispostas a crescer junto e que tenham os mesmos valores que os nossos”, analisa Bianca Franzini, diretora da área de Gente e Cultura da iZettle, uma das primeiras fintechs suecas a chegar no Brasil, em 2013.

A empresa lista 5 dicas para profissionais que desejam trabalhar em fintechs:

1. Questione sem medo
A primeira característica essencial para atuar em uma fintech é ser curioso, não importa em qual área de atuação. As fintechs costumam ter equipes reduzidas, até porque muitas delas são recentes, e não é raro as pessoas migrarem de uma área para outra. É por isso que questionar, explorar e descobrir informações sobre a empresa é essencial. “Além disso, uma pessoa curiosa costuma ter grande bagagem cultural, o que só agrega para o trabalho”, observa Bianca.

2. Esteja pronto para mudar (sempre)
Outro aspecto muito valorizado pelas fintechs é a capacidade de adaptação. Como estas empresas crescem em ritmo acelerado em todo o mundo, é muito comum o funcionário passar a ter uma nova posição após o aumento da equipe ou passar a conviver com novas pessoas em um curto período de tempo. Ter boa comunicação, ser colaborativo e estar disposto a ajudar faz a diferença.

3. Prepare-se para o mundo
Ter um ou mais idiomas no currículo também é um bom diferencial, já que muitas vezes os produtos e tecnologia utilizados são estrangeiros. Inglês é fundamental e entre as outras línguas em alta estão:

· Sueco, uma vez que Estocolmo se tornou uma das cidades-referência na criação de fintechs com faturamento superior a US$ 1 bilhão;
· Espanhol, pois muitas das fintechs no Brasil coordenam a expansão e atuação em outros países da América Latina;
· Mandarim, visto que a China está atrás apenas dos Estados Unidos entre os países que mais criaram fintechs de sucesso no mundo, segundo a lista da KPMG;
· Alemão, já que a Alemanha empregou mais de 13 mil pessoas em cerca de 400 fintechs nos últimos anos, segundo as consultorias Ernst&Young e Barkow Consulting.

4. Esteja pronto para novas rotinas
Pelo perfil disruptivo, as fintechs costumam ter formatos de trabalho mais flexíveis, como o home office. “Sabemos que as pessoas que atuam no mercado tradicional das finanças estão acostumadas com rotinas rígidas, então é essencial estar aberto a novas opções e pronto para se adaptar ao que a nova empresa propõe”, comenta Bianca.

5. Esteja aberto a mudar de carreira
Mais do que o curso formal, são as especializações e experiências que mais fazem a diferença na hora de se candidatar para uma vaga nas fintechs. “Na iZettle, recebemos currículos de advogados, engenheiros e jornalistas para vagas diversas e o que realmente buscamos nos profissionais são as diferentes atuações desta pessoa. Não nos prendemos a apenas um curso, mas sim ao que ele agrega às experiências da pessoa. Temos, por exemplo, um advogado na área de mídia on-line, um jornalista trabalhando em inteligência de mercado e eu mesma, que sou formada em engenharia de alimentos, hoje atuo como diretora de Gente e Cultura”, finaliza Bianca.

 

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