3 cases de sucesso do uso de analytics em empresas inovadoras
Companhias selecionadas pelo prêmio "As 100+ Inovadoras no Uso de TI" dão lições preciosas sobre como usar inteligência de dados a favor dos negócios
Não é de hoje que se diz que os dados são o que mais valioso uma organização pode possuir. No entanto, nem sempre o uso de big data e analytics é uma cultura fomentada dentro das organizações. O processamento de informaçõe pode estar em diferentes momentos do processo de decisão e também na quantificação de resultados ou indicativos de tendências.
Manter essa mentalidade voltada para dados pode ser um dos grandes legados deixados pela pandemia. Portanto, listamos três cases de sucesso do uso de analytcs em soluções enviadas para a premiação As 100+ Inovadoras no Uso de TI. Você pode acessar a lista completa de vencedores e conferir cada um dos cases por categoria aqui.
Natura: Mapeamento
O case de inovação da Natura ajudou a marca, que desde 1974 já opera um modelo de negócios em rede, para ajudar sua rede de consultoras no mundo digital. O case de sucesso usou analytics para mapear oportunidades e potencializar as ferramentas sociais na venda. Além disso, entregou uma experiência mais alinhada com a marca e prática para seus consumidores.
A marca percebeu que suas consultoras já utilizam de maneira disseminada ferramentas digitais. Por exemplo: 82% das consultoras declaram utilizar o WhatsApp para se comunicar com seus clientes e 21% declaram utilizar WhatsApp para efetuar suas vendas.
Mesmo com as ferramentas digitais tendo um espaço representativo na dinâmica de sua atividade, foi identificado que as ferramentas de vendas analógicas/físicas para atender aos seus clientes ainda desempenhavam um papel importante, por exemplo: 84% das consultoras utilizam a revista física como principal ferramenta de venda.
Foi assim que a empresa resolveu investir no projeto Social Selling Natura. A ideia era ampliar a digitalização desta enorme rede social que até então trabalhava suas etapas de intenção e conversão de vendas em um modelo offline. E, assim, fornecer ferramentas digitais que possibilitassem às consultoras: conhecer e criar conteúdo de impacto, promover uma experiência melhor e impulsionar os negócios e a renda.
Bradesco: dados e inteligência
O case de inovação do Bradesco tem a ver com a solução Brain (Bradesco inteligência de negócios). Basicamente, a ferramenta muda a forma como o banco idealiza, desenvolve, opera e oferta seus produtos de crédito. A premissa é relativamente simples, melhorar a jornada do cliente com decisões e precificação em tempo real, otimizando e personalizando os produtos da instituição financeira.
O programa é baseado em uma nova arquitetura de decisão em tempo real, alavancada em advanced analytics. As jornadas de oferta de produtos de crédito são personalizadas para o contexto de cada cliente, oferecendo uma experiência diferenciada utilizando uma arquitetura tecnológica moderna e adaptável. Essa arquitetura é baseada em streaming, que possibilita o uso massivo de dados não estruturados no processo de decisão integrada com a aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina.
O sistema mapeia os eventos em tempo real e decide como responder com o melhor produto, limite e preço para cada cliente. Sempre levando em consideração as condições e contexto daquele momento. Por exemplo: quando um cliente está procurando um carro na internet, ele pode obter uma cotação instantânea e personalizada para um financiamento ou, em momentos de endividamento, o sistema oferta o crédito que melhor se adequa para organização financeira de cada cliente.
FPS: Big data e ensino
Outro case de sucesso bastante interessante que tem analytics e processamento de informações em sua base é da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). A partir de março deste ano, toda a área administrativa do grupo passou a atuar em sistema remoto, assim como a área acadêmica — exceto para as atividades práticas de laboratório, postos de saúde, ambulatórios, internato e estágios.
No entanto, quando a FPS precisou realizar um vestibular 100% online, surgiram novos desafios. E a oportunidade de trabalhar com dados. A solução encontrada foi desenvolver (em casa) uma plataforma de processo seletivo considerando as notas do Enem, onde as notas eram validadas diretamente da base de dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Passada a fase do vestibular, chega a fase da matrícula e mais um desafio: promover uma matrícula 100% online, com envio de documentação, validação do SPC e Serasa. Uma rápida, mas complexa adaptação de uma plataforma omnichannel conseguiu suportar a operação. Em todos esses passos, saber trabalhar com dados e conectar bases ao seu próprio negócio foi essencial para que os processos funcionassem de forma digital em um ambiente de pandemia.